AUTOR:
Michael Serra

MENS SANA IN CORPORE SANO

Orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
Fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
Monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.

Reze para que a mente seja sadia em um corpo sadio.

Peça por uma alma brava em que falte o medo da morte,
que resida a força de vida entre bençãos,
da natureza, que possa carregar quaisquer tipos de sofrimentos,
não conheça a raiva, nem luxuria alguma e acredite
as dificultades e os trabalhos selvagens de Hercules são melhores que
as satisfações, festas e a cama macia de um Rei Oriental.
Eu revelarei o que você é capaz de dar a si mesmo;
Certamente, a jornada de uma vida tranqüila repousa na virtude.

Décimo Junio Juvenal. Sátiras, X (10.356-64).

Trechos das Sátiras desse poeta romano que alude aos maus desejos como a fonte de sofrimento.

Saint Seiya realmente é mestre em aglutinar teorias e mitologias. Sabemos das origens do Oitavo Sentido, doutrina oriental por natureza, todavia, não tão distante assim dos gregos.

Kurumada, unindo e talvez brincando com tudo isso, usou o modelo da perfeição, tanto da arte quanto do espírito atlético grego, o Davi de Michelângelo, como a base corporal naquela cena polêmica de nudismo do Misty na praia (ainda que seja uma obra renascentista com um personagem semita, o ideal almejado era o classicismo grego).

Eis então o corpo são, o corpo perfeito (e sem gracinhas e zoeiras) ¬¬

Não contente, usou o mesmo Davi na explicação de Dohko aos Cavaleiros de Bronze sobre o Oitavo Sentido, que representa extritamente o ápice da consciência humana.

Ou seja, a mente sã, a mente perfeita.

Simplesmente… perfeito. 10 Kurumada.