Olá, amigos!
Às 06:30 do dia 01/04/12 (em decorrência da diferença de fuso-horário, para nós foi neste sábado, 31/03/2012, às 18:30, horário de Brasília) estreou Saint Seiya Ω, na TV Asahi! Não pude ir na pré-estreia mundial de Omega, que ocorreu no dia 30, por não morar em São Paulo, mas foi só questão de poucas horas para que o episódio veiculado na TV japonesa caísse na net.

Há muito tempo queria criar posts e um mega guia da série de TV onde eu pudesse comentar um pouco sobre os episódios e etc, mas nunca consegui em decorrência do tempo. É algo que ainda quero fazer, mas definitivamente não é minha prioridade. Em vez disso, vou aproveitar o lançamento semanal de Omega para comentar os episódios e de alguma forma relacionar o universo SS através dele. Sintam-se à vontade para escrever para mim ou mesmo acrescentar algo que por ventura acreditem que mereça ser acrescentado aos comentários.
Repetirei aquilo que uma vez disse nos meus posts sobre o Next Dimention e Lost Canvas: apesar de neste site/blog eu procurar trazer informações e curiosidades objetivas, aqui ainda é o lugar onde expresso minhas opiniões, por isso se quiserem discordar só por discordar, xingar a série, dizer que não consideram ela “canônica” e todo tipo de coisa do gênero, é um direito que compete a cada um, mas aqui isso não me interessa, para isso existem fóruns e outros canais. Por outro lado, comentários construtivos serão sempre bem-vindos. E cuidado com os spoilers!
No mais, àqueles que chegarem até aqui e decidirem prosseguir, espero que apreciem meu olhar e comentários.

Episódio 01 [exibido em 01/04/2012]
A vida salva por Seiya! Os Lendários Cavaleiros (Santos) revivem! 
Seiya ni yotte sukuwareta inochi! Yomigaere Saint densetsu!

★ Staff principal:

Roteiro: Reiko Yoshida
Direção e Storyboard: Morio Hatano
Direção de Animação: Yoshihiko Umakoshi

Reiko Yoshida nunca trabalhou com Saint Seiya, mas segundo entrevista no mook Saint Seiya Pia, ela viu toda a série e procurou fazer jus à ela. Já Hatano, assim como outros membros do staff (cuja lista mais completa foi transcrita pelo Nao, em seu site que recomendo uma olhada: Encyna), trabalhou consideravelmente com Saint Seiya. Hatano, em especial, esteve nos OVAs de Hades Santuário e no filme Prólogo da Saga do Céu, o que justifica a qualidade deste episódio piloto.


★ Elenco:

Kôga (ou Kouga) de Pégaso: Hikaru Midorikawa

Shaina: Mami Koyama
Tatsumi: Yokitoshi Hori
Kôga bebê: Satsuki Yukino
Marte: Hidekatsu Shibata
Seiya de Sagitário: Tôru Furuya
Saori Kido/Atena: Shôko Nagawa

Um ponto alto dessa série, com certeza, é o retorno de Furuya ao papel de Seiya. No passado, ele largou a série quando Kurumada decidiu que seus companheiros de elenco estavam velhos demais para os papéis, após o filme Prólogo da Saga do Céu (Tenkai). Agora, ele está de volta com todo o respeito que merece, e não voltou sozinho. Junto com ele, Mami Koyama e sua voz tão característica como Shaina, e Yokitoshi Hori também retoma o fiel mordomo/prentenso guarda-costas, Tatsumi! Só lamento a Keiko Han não ter voltado como Saori… Agora, o protagonista é o jovem Kôga, dublado por Hikaru Midorikawa, que dublou tão bem o Tôma/Ícaro no filme Prólogo da Saga do Céu. A voz de Marte também é de um veterano de Saint Seiya: Hidekatsu Shibata dublou o mestre de Ikki, Guilty, e também Falker, o pai de Mime em Asgard TV. A dubladora de Yuna de Águia faz uma ponta como a voz do bebê Kôga.

★ Prólogo

  
O episódio começa mostrando cenas do Santuário, à noite. Um bebê dá passos desajeitados, e logo em seguida Saori aparece em cena, sentada em um tipo de pequeno jardim, observando a criança que começa a chorar ao cair no chão. A cena é um tanto quanto dúbia: Saori observa um misterioso bebê que apareceu do nada no Santuário ou ela já estava cuidando dele faz um certo tempo? Eis o primeiro mistério de Omega.
   

 

Logo em seguida, um cosmo ameaçador aparece, e um asteróide vermelho (ou será só a projeção de um planeta?) surge diante de Saori, uma entidade poderosa, instintivamente, ela segura o bebê em seus braços para protegê-lo. A cena da aparição de Marte lembra ao mesmo tempo a aparição de Ártemis no filme Prólogo da Saga do Céu (Tenkai-hen), onde o céu muda de cor de repente e a divindade aparece e, ao mesmo tempo, a cena de Asgard TV em que Poseidon, ainda sem mostrar sua forma real, surge de maneira ameaçadora perante Hilda de Polaris.
  

 

O tal deus não perde tempo e dispara uma poderosa rajada, mas Saori consegue conter facilmente o raio vermelho com sua barreira (também não ficou claro para mim se foi uma simples defesa de Atena – tal qual na batalha final contra Poseidon – ou simplesmente a barreira já produzida por Atena para proteger o Santuário – já conhecida desde o mangá e mostrada sendo criada em The Lost Canvas). Aparentemente, ele vem para buscar Atena, atacando novamente, mas desta vez ele consegue romper a barreira e atinge o ombro de Saori, marcando-a com um tipo de mancha negra e reluzente.

  
Quando Marte tenta atacá-la novamente, eis que surge Seiya, sob a forma de um Pégaso de cosmo dourado, agora vestindo sua Armadura/Vestimenta Sagrada/Cloth de Ouro da constelação de Sagitário, mostrando que ele foi “promovido”, tal qual vemos ocorrer com Dohko e Sion em Next Dimension. Em vez de usar uma capa, Seiya utiliza uma echarpe branca, tal qual o lenço que Shaina, June e Marin utilizam em volta da cintura. Eu particularmente gostei, é menos pomposa do que as tradicionais capas que alguns personagens usavam no passado.
  

 

A figura é Marte (Mars), ele me lembra muito a projeção de Cronos que aparecia no Episode G. Marte reconhece a força de Seiya, digna de um Cavaleiro de Ouro, e diz que estava esperando por ele, o “Seiya de Pégaso”. Da mesma forma, Seiya também já esperava por Marte. A luta entre Seiya e Marte é muito dinâmica, realmente há confrontos corpo-a-corpo que eram tão raros desde a série de OVAs de Inferno e Elísios.
  
Durante o combate, há uma cena em que Seiya aparece sem asas. Parece extremamente banal para ser um erro, fico me perguntando se foi isso mesmo ou as asas se retraíram e cobriram o orifícios que existem nas costas da Armadura. Nessa mesma cena, Marte revela que sua vestimenta protetora se chama “Galáxia”. A Armadura de Sagitário, que também mudou de forma, ganhando novo visual e durante o combate contra Marte, vemos que as asas podem se abrir para aumentar a proteção. Durante a luta contra Marte, um braço da Armadura de Ouro é estraçalhado pelo poder de Marte.
 

 

Enquanto Seiya utiliza seu tradicional “Meteoro de Pégaso” (Pegasus Ryûseiken), Marte utiliza um golpe do qual ainda não tenho 100% de certeza quanto o significado ou mesmo uma romanização correta, mas acredito que o mais próximo seria “Rubellus Scelus Gungnir” (ルーベルシュルス グングニル/Ruuberushurusu Gunguniru). que parece um misto de latim (rubellus = vermelho, rubro e scelus = crime, maldade) e nórdico antigo (gungnir = o balançar, mais conhecida pelo nome da lança de Odin, que nunca erra seu alvo), então eu chamaria de “Lança Maligna Rubra”.
 

A cena é cortada pelo bebê impressionado com o grande embate de poder de Marte e Seiya.

★ A Abertura

A abertura é um primor, não bastasse condensar uma série elementos que lembram a clássica primeira abertura de Saint Seiya, a tão regravada canção-tema,  “Pegasus Fantasy” (até Furuya já gravou sua versão dela) agora ressurge em dueto com Shôkotan (apelido da nova voz de Saori) e Nobuo Yamada (apelidado de NoB) com a sua banda Make-Up..

 

Assim como no início da série clássica (de fato é a primeira coisa do 1º episódio), a lenda dos Cavaleiros/Saints é narrada, mas agora é a voz de Furuya, o Seiya, que ouvimos no lugar do antigo Hideyuki Hori, o Aiolia e narrador de toda a série clássica e OVAs.
 
 

Durante a narração, destaque para as imagens de Ikki, Hyoga, Shun, Shiryu e Seiya ao estilo de Araki e Himeno, aparentemente retirados da abertura dos OVAs de Hades Inferno e Elísios.

  

Em seguida vemos a imagem de Kôga, Seiya e Saori, e depois o logo da série, com destaque para a letra grega Omega, que na série tem ganhado o sentido de “sequência” e ainda “conclusão”.

 

 

O logo da série converte-se nas Clostones (Cloth + Stone) de cada um dos novos protagonistas, que agora substituem as urnas (no mangá são chamadas de Pandora Boxes). Daí surgem os novos jovens.
  
 

 

Depois vemos cada um em roupas civis com sua respectiva constelação protetora: Kôga de Pégaso, Sôma de Leão Menor, Yuna de Águia, Haruto de Lobo e Ryûhô de Dragão, e ao final Eden de Órion.
 

 

Saori tomba, enquanto vemos o asteróide (planeta?) de Marte ao fundo e dois novos personagens, provavelmente vilãs, a máscara de uma delas se destaca ao fundo.
  

 

Em seguida vemos Yuna, Sôma, Kôga, Haruto e Ryûhô com seus uniformes da escola de Cavaleiros, Palaestra. Nesse quadro, destaque para os nomes de Shingo Araki e Michi Himeno creditados entre os animadores, no canto inferior da tela (bem acima da letra da música).
 

 

Uma rápida cena de Saori no que parece ser a sala onde fica seu trono (que parece ser o mesmo em que ela está sentada na primeira abertura da série de TV e que também aparece no Coliseu, durante a Guerra Galáctica) no Santuário e há uma estátua de Atena com escudo ao fundo. A maldição que recai sobre seu corpo, toma toda a tela.
  
 

 

Depois vemos os personagens atacando os Marcianos, os soldados de Marte, destacando seus atributos: Kôga é da Luz, Yuna é do Vento, Sôma é do Fogo, Haruto é da Terra e Ryûhô é da Água.
 

 

A imagem de Marte ameaçando a Terra lembra Arles/Ares na primeira abertura.
  

 

Na sequência, vemos com mais detalhes a nova Armadura de Pégaso trajada por Kôga, e logo em seguida, surge Eden de Órion, atacando os Marcianos e mostrando que seu atributo é o Trovão. Também a curiosa cena em que ele anda e atrás ergue-se um imenso monumento. Será a tal Torre de Babel que foi mencionada em spoilers?

 

Rapidamente vemos outro momento que lembra a segunda abertura do antigo anime, os 5 Cavaleiros (Eden não está lá) atacam Marte (no passado, era Seiya e os amigos atacando Poseidon)!
 

 

A cena que para mim é a mais polêmica e intrigante: Seiya com o que parece ser a Armadura de Sagitário está ao lado de Hyoga, Shiryu, Shun e Ikki, e eles usam as primeiras versões das Armaduras de Bronze do anime! Eles estão num cenário de chamas. Talvez a cena em si não seja algo que retrate a luta contra Marte, mas talvez um referência aos 2 primeiros filmes em que Seiya sempre usava a Armadura de Sagitário e os outros suas Armaduras convencionais. Seiya se vira e nota-se que ele está num cenário de chamas com a nova Armadura de Sagitário. Não se sabe se essas duas cenas estão realmente conectadas, se são momentos semelhantes que se ligam ou mesmo se é tudo apenas um grande jogo de imagens sem sentido profundo ou “veridicidade”, tal qual na abertura da fase de Asgard em que Seiya com o Traje Divino de Odin enfrentava Siegfried e nunca aconteceu ou mesmo os 10 de bronze atacando Ares/Arles na primeira abertura, o que também nunca aconteceu.
 

 

A abertura encerra-se com os protagonistas correndo e se convertendo em raios de luz, a imagem do Pégaso voa entre a Terra e o asteróide de Marte (ou será o próprio planeta? ainda não tenho certeza) e depois os 6 jovens fazem suas poses (que, particularmente, achei o único momento bobo e tosco da abertura, mas tolerável).


★ Presente – em uma ilha deserta…

  

 

O cenário agora é uma floresta noturna e o jovem Kôga é arremessado do céus, abrindo uma cratera no solo, seguidamente, surge Shaina, com sua nova Armadura de Prata de Ofiúco, perseguindo Kôga. A cena lembra muito o começo do mangá clássico, envolvendo Seiya fugindo do árduo treinamento de Marin. A sequência mostra muito do estilo do diretor Shigeyasu Yamauchi, tal qual vemos em Hades Santuário e no filme do Prólogo do Céu.
 

 

De relance, vemos Saori recebendo cuidados de seu fiel Tatsumi. Eles estão numa casa, na mesma ilha.
 

 

Durante o treinamento, um momento bem nostalgico, Shaina fala sobre o Cosmo para Kôga, a cena lembra muito quando Marin ensinou isso ao Seiya na série de TV clássica, ela até quebra uma pedra com a mão como Marin, porém a pedra era maior e ela fez com mais estilo, hehehe.
  

 

A revista Figure Ô descreve o treinamento de Shaina como “espartano” e dá para ver o porquê, pois a coisa toda parece ter varado a noite, ao amanhecer, Tatsumi e Saori observam tudo, e vemos que Saori está usando uma bengala (que aliás, o cabo tem o formato de um Pégaso, uma associação ao apoio de seu mais fiel protetor ou algo assim). Shaina insiste para que Kôga se esforce e desperte seu Cosmo se não ele não vai proteger Atena ou nem ele mesmo, mas ele mostra sua personalidade forte e rebelde e demonstra-se insensível a tudo isso, ele não entende para que ser Cavaleiro e acredita que Atena é só um mito grego. Mas quando ele despreza o fato de Seiya ter supostamente sacrificado a vida para salvá-lo, Shaina se irrita e o ataca (acho que ainda rola uma sentimento forte pelo Seiya), mas Kôga por instinto a ataca de raspão com seu Cosmo. Ele se assusta e foge, mas Shaina reconhece seu imenso Cosmo.
  

 

Enquanto pensa sobre o que fez, Kôga vê uma flor e decide colher algumas para presentear Saori, que afinal tem sido como uma mãe para ele. Nesse momento, vemos que a casa de Saori é idêntica a do filme Prólogo da Saga do Céu. É quase como se fosse a mesma, ou o arquiteto é o mesmo ou então Atena deu um jeito de levar a casa toda para a ilha. Lembrando que a outra casa ficava perto de uma floresta e de um lago. Ambos os locais são descritos como próximos ao Santuário, sendo ou não a mesma casa, só de ter o mesmo design é uma referência no mínimo curiosa. Cabe destacar que, o mook Saint Seiya Pia nos explica que Saori cuidou de Kôga esse tempo todo na “ilha isolada” com a ajuda de Shaina e Tatsumi e que Atena levantou uma barreira/kekkai para ocultar sua presença.
 

 

Dentro da casa, há um momento hilário em que Tatsumi repreende Kôga por ter entrado no quarto da sua Senhorita Saori. Ele continua andando por aí com sua espada de madeira! Kôga é salvo por Saori que interrompe a bronca de Tatsumi e sai correndo para a praia, enquanto Shaina vai ver como Saori está. O ferimento de Marte, a maldição, é como um câncer que ao longo dos anos se espalhou pelo corpo de Atena.
 
Um close na mão de Shaina, uma forma de expressar sua chateação por Kôga ainda não estar pronto para seu destino. Mais uma vez, vemos a sutileza herdada de Hades Santuário e o filme Prólogo da Saga do Céu.
 
 

 

Saori acredita na capacidade de Kôga e enquanto segura seu precioso colar, ela lamenta que o destino de Kôga não possar ser como a de um jovem comum.  O momento é cortado por uma estranha reação no ferimento de Saori, que indica o retorno de Marte. No espaço, no que parece ser o asteróide de Marte (ou planeta, ainda não tenho certeza), o deus da guerra do planeta vermelho desperta de seu sono no magma. Creio que era assim que ele estava selado todo esse tempo.
O eyecatch não é nada de mais, apenas vemos o colar de Saori e uma versão negra do mesmo, como uma sombra.

 

Kôga sonha com a cena de Seiya, salvando-o no passado, quando era aquele bebê. Saori vai conversar com ele. A cena, deles conversando ao põr-do-sol, me lembrou o encerramento de Hades Santuário. Kôga parece feliz em viver com Shaina, Tatsumi e estar sempre perto de Saori, mas insiste em não entender sobre para quê ser um Cavaleiro, sobre Atena ser só um mito e sobre querer ser dono do seu próprio destino. Durante a conversa, fica claro que muito foi escondido de Kôga, nem mesmo ele sabe que Saori é Atena, nem sobre quem exatamente era Seiya.
Saori decide entregar seu colar para Kôga, ressaltando que é algo muito precioso, mas nessa hora, surge Marte. Ele fala que não há mais um Cavaleiro de Ouro para proteger Atena (para mim não ficou claro se ele se referia a ausência de Seiya, cujo paradeiro é desconhecido ou se realmente até agora não surgiram sucessores aos Cavaleiros de Ouro), então Kôga descobre que sua mãe de criação é a deusa Atena e sente o cosmo imenso dela. Marte precisa do poder de Atena para dominar a Terra.
 

 

Mesmo tentando se impor, Saori é afetada pela maldição de Marte que aumenta e consome o corpo dela ao tentar usar seu Cosmo. Kôga tenta protegê-la, é então que Marte o reconhece como sendo o bebê que encontrou no passado e rapidamente o derruba longe.
 
  

Nesse instante, Tatsumi vem correndo para salvar Saori (como fez na Batalha das 12 Casas), junto com Shaina. Marte dispara um golpe, mas Shaina salva Tatsumi, o nocauteia rapidamente com um golpe na nuca para que ele não atrapalhe nem se arrisque mais e parte para cima de Marte, tentando enfrentar o deus alienígena de uma forma que há muito tempo não a víamos  lutar. Para mim ficou mais que claro que o atributo de Shaina é e sempre foi o Trovão.

Marte sabe que ela é Shaina de Ofiúco (outro mistério, eles lutaram antes?) e a nocauteia violentamente com outro golpe que me parece ser “Murus Igne” (Murusu Igunu / ムルス イグヌ), algo do latim que pode se traduzir como “Muros de Fogo”. Com isso ele envolve Shaina num pilar de chamas que destroem a máscara dela.

   
  

 

Marte agarra Saori. Kôga não consegue atravessar a barreira de fogo para salvá-la. A pedra do colar de Saori reage aos esforços e à explosão do Cosmo de Kôga, então a Armadura de Pégaso desperta, o colar de Saori é a Clostone (Cloth + Stone) que guarda a Armadura. Ela voa em direção a Kôga, assumindo a forma de Pégaso, desmembrando-se em luzes que avançam sobre Kôga, montando cada parte da Armadura em seu corpo. dá para ouvir o som das peças se montando como no anime clássico) O “object” da Armadura não aparece claramente, mas dá a impressão que estava lá mesmo.
  
 

Marte se surpreende ao ver que Kôga é um Cavaleiro. Com a ajuda do espírito ou o cosmo de Seiya, Kôga consegue suplantar as chamas de Marte com o Meteoro de Pégaso! Ele parte para cima de Marte e assim termina o primeiro e empolgante episódio!

 

Infelizmente não houve encerramento, mas me pergunto se será assim daqui para frente. Enfim, nas cenas do próximo episódio, Furuya é o narrador, vemos que Sôma de Leão Menor irá aparecer. Kôga narra o título do episódio 2, “A partida! O Cavaleiro da nova geração” (ou “Nova Geração de Cavaleiros”, também pode se interpretar assim).

No geral, gostei bastante do 1° episódio, acho que é algo original e ao mesmo tempo não é. É como se pegassem elementos positivos e até batidos da franquia inteira, temperassem com referências legais para todo fã e abrissem as portas para novas aventuras de verdade. Só de não ser mais uma obra focada em Hades já é motivo para no mínimo dar uma olhada no anime.

O traço, de cara, foi algo que incomodou bastante gente, mas, sinceramente, para mim esse território já foi desbravado por baques bem maiores como o Episode G, The Lost Canvas, o velho traço retocado do Next Dimension e, antes de tudo isso, as inconstâncias do próprio anime inteiro. Não é algo exatamente como Araki faria, mas sinceramente, acho que é bem menos traumático algo com o estilo próprio do que tentarem emular o traço do mestre como tentaram fazer em muitos episódios feios da série clássica, filme do Lúcifer e muitos momentos dos OVAs de Hades Meikai e Elysion. Araki e Himeno até são creditados em Omega, mas acredito que eles tenham mais envolvimento em terem fornecido a base para toda a série, de repente em flashbacks do passado vejamos seus traços aparecerem, como foi o caso da abertura em que vemos desenhos da abertura do Meikai e Elysion.

Hoje, muitos olham torto para o filme Prológo da Saga do Céu e ignoram o esforço criativo e a forma ousada como Shigeyasu Yamauchi e a equipe mostraram Saint Seiya, abrindo caminho para algo grande que acabou sendo negado a todos: uma verdadeira Saga de Zeus, com tramas mais bem elaboradas. Apesar disso, não dá para esquecer que Yamauchi e seu estilo fizeram dos OVAs Hades Santuário algo realmente grandioso e digno do retorno da série. Seu talento já estava presente na série de TV (o episódio que ele dirigiu em que Seiya e Saori pulam no abismo e ouvimos Lullaby foi marcante), ou mesmo os filmes de Asgard e Abel mostram a qualidade geral de seu toque, e felizmente dá para ver isso nas mãos de seus colegas que estão em Omega, especialmente Hatano que parece se manter fiel ao ideal de Yamauchi e seu Saint Seiya além do trivial.

Sobre a música, não há muito o que eu queira comentar. É agradável, mas definitivamente não é ainda tão marcante quanto as músicas do mestre Yokoyama. Para mim, foi a mesma coisa que senti quando ouvi a trilha sonora de The Lost Canvas.

O grande temor era a possibilidade de ser algo infantil. Bem, eu não acho que foi algo infantil (apesar de que reforço que isso de ser “infantil” não é simbolo de algo ruim e a série clássica foi a “coisa infantil” de muitos de nós, fãs das antigas), mas ao mesmo tempo não foi algo tão pesado como o começo de The Lost Canvas, por exemplo. A dose de nostalgia para os antigos fãs foi na medida certa, a simples aparição de Tatsumi foi algo de deixar pelo menos um pouco empolgado qualquer fã.

Mas, na minha opinião, Shaina foi o grande destaque do episódio. Ela roubou a cena em todos os momentos que apareceu, seja dando uma de treinadora durona, seja ocupando o lugar de Marin ensinando sobre o Cosmo para o Pégaso da vez, ou a proximidade que demonstrou com Saori (sempre pensei que ela seria o “sexto membro” de protagonistas do clássico, afinal, a mulher foi a pseudo-vilã durante boa parte da obra, chegou a ter ciúmes de Seiya com Saori, estava em Asgard para dar uma mão e foi a única dentre os Cavaleiros do Santuário que foi ao fundo do mar para ajudar os Cavaleiros contra Poseidon, encarou o próprio deus quando achou que todo mundo tinha morrido e viveu para contar a história, achei até injusto ela ter tido só uma ponta na saga de Hades inteira), e outra, desde Poseidon nunca mais tínhamos visto Shaina lutar de verdade, me lembrou aquela Shaina que lutava com Seiya no clássico. Muitos podem não ter achado que ela fez grande coisa, mas basta comparar com a tentativa dela contra Poseidon, isso mostra que ela evoluiu alguma coisa. Enfim, fiquei tão empolgado que até tive vontade de dar umas surras em soldadinhos no jogo do PS3 jogando com ela, hehehe.

Saori não me pareceu tão diferente, gostei de sua postura mais firme no seu segundo encontro com  Marte. Teria sido ótimo vê-la realmente atacar Marte, mas por enquanto parece ainda ser pedir demais do que sempre foi estabelecido para essa personagem que supõe-se ser a deusa da guerra (o que, inclusive, isso sempre fez a Sasha de The Lost Canvas mais destacada).

Kôga é um personagem interessante, a rebeldia dele e seu questionamento sobre ser um Cavaleiro e não querer que determinem seu destino é algo que remete a metalinguagem, é como se o próprio personagem criticasse a visão que recai sobre ele, como se lutasse contra algo que todos os fãs e até Kurumada esperassem/impusessem ao protagonista. Fiquei pensando também em como a postura de Kôga em relação à Saori é diferente, ele não vai lutar por Saori por ela ser Atena, ele vai lutar pela pessoa que sempre cuidou dele desde que ele se entende por gente, vai lutar por sua mãe. É uma motivação diferente, como no filme Prólogo da Saga do Céu, onde a grande mensagem era que Seiya lutava por Saori, a mulher que amava e não apenas por sua deusa.

Enfim, podia escrever muito mais, mas muitos episódios vem por aí, então fica para as próximas resenhas!