Olá, amigos!

Seguem os meus comentários sobre os episódios da novidade do momento!

Para quem não viu, cuidado com os spoilers!

Episódio 04 [exibido em 22/04/2012]

O filho de um herói! Ryûhô contra Kôga!
Eiyû no musuko ! Ryûhô tai Kôga
!

★ Staff principal:

Roteiro: Isao Murayama
Diretor: Makoto Sonoda
Storyboard: Toshinori Fukuzawa
Diretor de Animação: Terumi Nishii

Sonoda nunca trabalhou em Saint Seiya antes, encontrei pouca informação sobre ele, na verdade, só soube que ele trabalhou em One Piece e Digimon Savers (vulgo Digimon Data Squad, no ocidente, a quarta série da franquia dos monstros digitais).  O mesmo vale para o roteirista Murayama, mas esse pelo menos trabalhou em Toriko, One Piece e na segunda temporada de Digimon Xross Wars (que antecedeu Omega no mesmo horário da TV Asahi). Fukuzawa também seguiu mais ou menos os mesmos passos de Murayama. Ele também trabalhou em Precure, bem como outros do staff de Omega.
O destaque vai para Nishii, que entre suas participações em animes, destacam-se coisas que gostei muito como Death Note, Inuyasha, Kobato, Mawaru Penguin Drum e Love Hina. Além de trabalhar em Casshern Sins e Precure, onde deve ter conhecido os cabeças do que convocaram o staff de Omega, ele também trabalhou como um dos principais animadores do OVA 3 de Hades Santuário.

★ Elenco:

Kôga de Pégaso: Hikaru Midorikawa
Sõma de Leão Menor: Katsuyuki Konishi
Yuna de Águia: Satsuki Yukino
Ryûhô de Dragão: Tetsuya Kakihara
Ichi de Hidra: Masaya Onosaka
Georges: Masaya Takatsuka

Luciano de Esquadro: Shunzou Miyasaka
Rudolph de Calibu: Yasuhiko Tokuyama
Grey de Colomba: Kouta Nemoto
Komachi de Grou: Umeka Shouji
Arné de Lebre: Kozue Kamada
Pupilo 1: Ichitarô Ai
Pupilo 3: Soda Arai
Pupilo 4: Yôhei Azakami

Seiya de Sagitário/Narrador: Toru Furuya

Neste episódio, outro veterano de Saint Seiya aparece: Masaya Onosaka, que com sua voz bem característica e engraçada sempre interpretou o Ichi de Hidra! Curiosidade é que ele dublou o Algol de Perseu em Hades Santuário, papel que na série clássica era de Akira Kamiya (que, por sua vez, também dublou o Atlas de Carina no filme do Abel).
Outro destaque é Ryûhô, dublado pelo Tetsuya Kakihara, o Tenma dos OVAs de The Lost Canvas! Isso é um pouco irônico, Pégaso agora é Dragão, pois lembro que Tôru Furuya já revelou que no passado ele queria o papel de Shiryu.
São creditados alguns atores como alunos de Palaestra, não sei se terão alguma participação mais efetiva, mas de todo modo são Cavaleiros. Também são creditados os dubladores do sisudo e nada simpático instrutor Georges e Luciano (que segundo SSPia, sabe-se ser o Cavaleiro de Bronze de Esquadro), todos nunca trabalharam em Saint Seiya e particularmente, não tenho o que destacar sobre eles. Os outros jovens Cavaleiros que fizeram pontas no último episódio também são creditados novamente só por emitirem alguns sons rapidamente, enfim, faz parte.
Shiryu e Shunrei aparem no episódio, mas como eles entram mudos e saem calados, não tem dubladores creditados. Lembrando que o dublador original de Shiryu, Hirotaka Suzuoki faleceu em 2006, tendo participado até os OVAs de Hades Santuário e o filme Prólogo da Saga do Céu (sendo que sua última participação em Saint Seiya foi dublando Shiryu no 1° jogo de luta do PS2). Antes disso, durante os tempos sombrios dos OVAs de Hades Inferno e Elísios, ele se viu substituído por Takahiro Sakurai, que tem assumido o personagem desde então. Acho que ele fez bem o papel e parece muito com a voz de Suzuoki, então acredito que ele retome o personagem em Omega.
Na série clássica (e em breve participação no filme do Abel), Shunrei foi interpretada por Yumiko Shibata, sendo substituída em Hades Santuário pela idol da época Eriko Satô, que mais ou menos na mesma época se arriscou como atriz no filme Cutie Honey (curiosidade: personagem cujo anime foi um clássico japonês que reuniu os pais do anime clássico de Saint Seiya). Mesmo tendo feito uma participação muito breve, revoltou muitos fãs japoneses. Então, nos OVAs seguintes, ela foi substituída na fase Elísios por Ai Bandô.

★ Mais sobre os atributos do Cosmo e…O filho de Shiryu e Shunrei é igual ao Shun?

  
 
Depois de saber que Atena está no Santuário, Kôga decide pegar suas coisas e ir para lá, mesmo tendo já se apresentado como aluno de Palaestra no final do episódio passado. Só que na saída, ele encontra com um misterioso jovem que está de chegada no local. Ele de relance sente algo no cosmo de Kôga e, usando manipulação de água, bloqueia por um instante a passagem de Kôga, dizendo que ainda era cedo para ele partir, já que ele ainda não tinha “despertado sua luz”.
  
 
O novo Pégaso fica intrigado e resolve ficar, para o seu bem, pois no dia seguinte Sôma e Yuna comentam que sua saída sem permissão teria sérias consequências. Mas Kôga está mais interessado em saber sobre o garoto misterioso, Yuna observa que ele deve ser alguém habilidoso por controlar a água sem usar sua Armadura. Na mesma cena, vemos a aparição de Ichi, que parece ser bem respeitado entre os demais pupilosde Palaestra, mesmo sendo um deles. Kôga no começo acha que ele algum tipo de professor, mas Sôma informa que ele é amigo de Geki e que está ali porque não descobriu o atributo de seu cosmo. Ichi deixa bem claro o quanto não gosta de ver aqueles garotos usando Armaduras nos tempos de hoje. A partir daqui, entendemos que há mais diferenças entre os Cavaleiros atuais para os de antigamente, e Ichi parece servir para ilustrar bem isso.
  
O misterioso garoto aparece e fica contente por ver que Kôga decidiu ficar, todos os pupilos ao redor ficam contentes com a aparição dele, que na verdade é Ryûhô, conhecido por todos, especialmente, por ser o filho de Shiryu, o lendário Cavaleiro de Dragão! Nesse ponto, é curioso vermos a imagem de Shiryu com a terceira Armadura de Dragão, usada em Hades e no filme Prólogo da Saga do Céu! Sôma conta que Ryûhô treinou com Shiryu e recebeu dele a Armadura de Dragão.
  
Mesmo sem terem sido apresentados, Ryûhô reforça que sabe que Kôga é Pégaso e que ele deve ficar em Palaestra para se desenvolver e, demonstrando-se muito amistoso, oferece-se para treinar com ele. Com o toque do sinal da próxima aula, Ryûhô arrasta Kôga às pressas para a aula sobre os atributos do cosmo com o sisudo instrutor Georges, que cumprimenta Ryôhô e até pergunta sobre sua saúde. O jovem Dragão responde ao cumprimento. Então sabemos que ele estava em sua terra natal, se recuperando, pois por algum motivo ele tem um corpo debilitado desde que nasceu.
  
 
Então, começa o que parece ser um treinamento, onde todos os alunos equipam apenas um braço da Armadura (Kôga não consegue de cara, mas com uma rápida orientação de Ryûhô, ele consegue, mas essa aparente falta de habilidade deixa Georges indignado) e disparam rajadas de elementos contra pilares erguidos com a técnica de Georges, que, segundo Ryûhô, são estruturas compostas de rochas do solo grego (o que parece confirmar mais uma vez que Palaestra é construida na Grécia – o site da TV Asahi já mencionava que Palaestra ficava numa ilha próxima ao Santuário) e revestidas por areia de pó estelar (stardust sand, no original). O site da Toei diz que Georges também foi um Cavaleiro que guarda suas mágoas por ter vivido sob a sombra dos feitos de Seiya e os outros, por isso ele antipatiza com os jovens Cavaleiros de hoje e acha que eles levam uma vida muito fácil em comparação, mas o fato dele manipular stardust sand, que torna os pilares resistentes como Armaduras de Bronze, dá o que pensar. A técnica de reparar as Armaduras utiliza o pó de estrelas. Como bem sabemos através das palavras de Mu no clássico. O que Georges tem a ver com isso? Será que seu elemento é terra? Porque ele deixou de ser um Cavaleiro? E qual era sua Armadura? Bem, isso me lembra que, na enciclopédia do mangá, Saint Seiya Taizen (que, aliás, inspirou o nome deste site), comenta-se que, durante as pesquisas da Fundação Graad dos Kido, encontraram-se informações sobre a existência da Armadura de Bronze de  Buril ou Cinzel (Caelum em latim), que supostamente portaria as ferramentas para o reparo de Armaduras que Mu usava no mangá e que aparecem também em The Lost Canvas, Taizen também menciona uma possivel relação com a Armadura de Escultor. Então, fico imaginando que Georges pode ter sido o Cavaleiro que usava uma dessas Armaduras e que pode ter tido seus desafios na época em que Seiya e os outros estavam no auge.
  
  
 

Durante o treinamento, onde parece que o objetivo é fortalecer a técnica de atacar usando os atributos do Cosmo, vemos os elementos de alguns personagens: Spear já sabíamos que era de água, Komachi de Grou surpreendentemente é de terra, Rudolph de Calibu é de vento. Kôga não consegue usar o seu elemento para atacar. Ryûhô relembra sobre os 7 atributos do cosmo que são qualificados e sobre como há vantagens e desvantagens entre eles: trovão < vento < fogo < água < terra < trovão. Mas luz e escuridão são exceções. Durante a cena, observamos que, naquela aula, existem 3 alunos representando cada atributo: Luciano de Esquadro e outros dois Cavaleiros desconhecidos são de Trovão, Yuna e outros dois desconhecidos aparecem disparando o vento (aqui há um aparente erro de continuidade, pois Rudolph aparecia antes usando o Vento e aparentemente estava ao lado de Yuna nesse mesmo momento, mas em seu lugar há um garoto igualmente grande e com um braço de armadura e cabelos de outra cor, creio que houve um erro de cores apenas e aquele que aparece ao lado de Yuna é Rudolph de Calibu), depois vemos Sôma, Grey de Colomba e outro desconhecido usando o Fogo. Quando é a vez dos Cavaleiros da Água, vemos outro Cavaleiro desconhecido (não me parece ser Spear) junto com Arné. Devo dizer que o elemento de Lebre ser água me surpreendeu, não foi nada óbvio para mim, do mesmo modo que Komachi de Grou, uma ave, ser de terra.

Aliás, apesar da vantagem da terra sobre água, Ryûhô consegue superar a Komachi. Então Ichi, que não fez nada por não ter descoberto seu elemento, comenta que alguém com um cosmo superior pode superar essas limitações das vantagens e desvantagens dos elementos.  Ele comenta ainda que as Armaduras agora assumiram a forma das Clostones (Cloth + Stones, as Pedras das Armaduras) com poderes do universo, recebendo a proteção das constelações e ao serem equipadas respondem ao cosmo, a partir daí foram desenvolvidas as habilidades sobre os atributos dos elementos. Quem não consegue dominar os elementos, não consegue utilizar as novas Armaduras de hoje.

Isso leva a crer que as Armaduras novas substituíram as antigas, que em algum grande momento do passado (a batalha contra os deuses da saga do Céu/Tenkai-hen) foram completamente destruídas de tal forma que tiveram de ser totalmente recriadas. Inclusive, no mook SSPia, é revelado que elas são de um metal flexível feito de um material desconhecido. Isso remete à origem das Armaduras contada no Hipermito, cuja constituição conta com Oricalco (metal proveniente de Atlântis e que deu origem em primeiro lugar às Escamas dos Marinas de Poseidon) e Gamânio (metal desconhecido citado no Hipermito). Mas mesmo sem dominar seu atributo, Ichi consegue usar a Armadura nova de Hidra, isso me lembra Cassios que queria a Armadura de Pégaso sem sequer dominar o cosmo e Geki de Urso que quando enfrentou Seiya pela primeira vez também usava a Armadura sem entender bem sobre o cosmo.

Ao mesmo, as novas Armaduras e os atributos do cosmo me lembram a relação entre as God Cloths (Armaduras Divinas) e o cosmo que toca a Grande Vontade (Big Will) de Seiya e os outros na Saga de Hades. Da mesma forma que os Cavaleiros só podiam despertar as God Cloths ao superar os 8 sentidos, coisa que nem se sabia que podia ser feito até acontecer em Hades, os Cavaleiros da nova era devem descobrir o atributo de seu cosmo para dominar um elemento. Então, Ichi só está tentando dominar aquilo que ele sabe que tem, do mesmo jeito, todos os Cavaleiros do passado tem um atributo, mas nem todos o dominaram conscientemente, é exatamente a mesma coisa que o Sétimo e Oitavo  sentido (Seiya dominou o Oitavo Sentido sem sequer saber também, enquanto pulava rumo ao Mundo das Trevas) e sobre tocar a Big Will para manifestar as God Cloths, todos em tese podem fazer só ninguém nunca ensinou como fazer.

  

Enfim, enquanto Ichi grita que quer muito dominar seu elemento para entrar nessa nova era de Cavaleiros com seus atributos, Kôga não consegue manifestar o seu, chamando a atenção de Ryûhô. Naquela noite, ele tenta animar Kôga dizendo que mesmo tendo um brilho fraco agora, Kôga tem uma luz forte. Ryûhô começa a tossir e Kôga comenta sobre sua frágil condição física. Quando o Pégaso pergunta porque ele quis se tornar um Cavaleiro, o jovem Dragão conta que foi para usar seu cosmo para curar seu pai, Shiryu, que perdeu os 5 sentidos durante uma antiga batalha (Ryôhô já era nascido, e considerando que ele tem a mesma idade que Kôga, deve ter sido a batalha após o surgimento de Marte).  Ele explica que desde pequeno, seu Shiryu o treinou através do cosmo, fazendo com que ele se despertasse e se desenvolvesse. Nessa hora, vemos uma imagem do passado, onde o pequeno Ryûhô é treinado por Shiryu diante da cascata de Rozan, Shunrei aparece e os observa. As roupas deles são as mesmas do clássico. Shiryu está vendado como quando estava cego e sua posição, sentado diante da cascata, me lembrou muito o Mestre Ancião. É como se Shiryu estivesse no lugar de Dohko.

  
 

Foi através do Cosmo que Shiryu conversava com seu filho, ele inclusive contou quando, no passado, recuperou sua visão ao elevar seu cosmo, por isso Ryûhô acha que, do mesmo jeito que Shiryu o treinou através do cosmo, se ele ficar forte o bastante, pode usar seu cosmo para curar Shiryu. Ele pergunta para Kôga o motivo dele ter se tornado um Cavaleiro e ele responde que é para salvar  Saori. Ryûhô se impressiona, pois ele sabe que Saori é o verdadeiro nome de Atena, certamente foi uma das  coisas que Shiryu contou, Ryûhô pode saber mais sobre o passado, coisas que nem Kôga conhece.

  

Os dois são surpreendidos por Georges, que logo quer dar uma punição por eles terem violado o toque de recolher. Ryûhô surpreende Kôga por logo tentar “tirar o corpo fora” da bronca e ainda entrega o Pégaso por antes ter tentado sair de Palaestra (no começo do episódio). Ele propõe não ser punido se vencer Pégaso num duelo autorizado. Georges se empolga com a ideia de ver um duelo entre Pégaso e Dragão e aceita. O que me chamou a atenção foi a forma como os diretores mostraram a dissimulação de Ry~uhô, não mostrando o rosto dele enquanto acontecia tudo isso. Sutilezas que me lembram o estilo de Yamauchi.

 

Em um tipo de catedral com água pelo chão (achei meio estranho isso… talvez seja algum tipo de campo de treinamento do pessoal que domina a água), Kôga se prepara para o duelo. Sôma não ajuda muito, mas, mesmo sem botar fé na vitória dele, Yuna aconselha Kôga a lutar o mais perto possível e usando os punhos, devido à condição física de Ryûhô.  Ryûhô logo aparece, diz que não vai pegar leve com ele, e equipa sua Armadura de Dragão, invocando ela de sua Clostone em um anel.

 

Geki e Ichi observam com certa nostalgia o encontro de Pégaso e Dragão. Yuna observa que aquele desafio não era algo típico do comportamento de Ryûhô, o que me leva a crer que ela o conhece um pouco mais que os demais colegas de Palaestra. Rtûhô conta para Kôga que no passado Shiryu e Seiya se enfrentaram e que o Dragão perdeu, essa para ele seria a chance de trazer honra ao nome do pai. Kôga não sabe nada sobre os feitos de Seiya, então só reforça que ele quer lutar por si mesmo.

 
 

A luta começa, Kôga tenta usar a estratégia sugerida por Yuna, mas Ryûhô consegue sentir o cosmo de Kôga oscilando antes de cada ataque, por isso consegue prever o movimento e desvia sem problemas. Enquando Kôga ainda não consegue dominar seu atributo, Ryûhô o ataca com golpes de água: Suihakkei (que que parece ser a combinação da palavra água/sui com “hakkei”, literalmente “liberação de poder”, que deriva de um conceito chinês de artes marciais, o Fa Jin, então eu traduziria como Fa Jin de Água ou simplesmente Rajada de Água) e Kyôkasuigetsu (literalmente “flores refletidas no espelho e lua refletida na água”, é mais um conceito que serve para se referir a um belo reflexo, uma imagem sem substância ou ainda uma expressão usada em poemas para exaltar uma beleza que não se descrever com palavras, enfim, eu traduziria o golpe simplesmente como “Reflexo de Água”). Kôga consegue passar pelo segundo ataque e ataca Ryûhô, mas acaba chocando-se contra o famoso Escudo do Dragão, que mesmo em uma nova Armadura, possui a mesma fama de ser resistente como antes. Ryûhô então ataca o Pegaso com um movimento cortante de água que lembra a Excalibur, mas realmente não creio ser a mesma coisa.

 
 

Mesmo assim, e ainda apanhando mais, Kôga não se dá por vencido, então consegue desperar sua luz e dispara um golpe totalmente novo: Pegasus Senkôken (Punho Reluzente de Pégaso). Para a surpresa de todos, Ryûhô é jogado longe, mas ele não se dá por vencido, então resolve usar o Cólera do Dragão/Rozan Shô Ryû Ha, atingindo Kôga em cheio. Mesmo conseguindo a vitória, Ryûhô está está exausto e mesmo dando a mão para Kõga levantar, ele mesmo cai no chão de exausto. Então Yuna o questiona sobre a verdadeira intenção de fazer Kôga dominar seu atributo. Ryûhô então conta que seu, apesar de seu pai ter enfrentado Seiya, eles se tornaram amigos e evoluiram seus cosmos juntos, ou seja, os Cavaleiros ficam mais fortes graças à amizade com outros Cavaleiros que crescem junto com eles. Realmente, o produtor da série disse que esse era um conceito chave dessa série e era algo basilar da série clássica, é realmente o tipo de ensinamento que Shiryu ministraria como ninguém. Foi o que fez, inclusive o Dragão Negro mudar na série de TV clássica. Gostei dessa parte do episódio em especial.

 

Geki então intervem e convence Georges a liberar os dois da punição em homenagem à luta que eles travaram. Com uma certa resistência, Georges concorda. Essa cena parece reforçar a relação entre Georges e Geki. Isso me faz pensar, que talvez eles tenham se conhecido antes. Nunca ficou claro o que aconreceu com Geki e os outros entre a Guerra Galáctica e as 12 Casas (sabe-se que eles foram treinar, ai parece que dominaram o cosmo e restauraram as Armaduras de Bronze de alguma forma), bem como o que aconteceu entre Poseidon, Hades, Tenkai e etc. Georges deve ter sido um Cavaleiro que conheceu Geki em um desses períodos misteriosos. Se Georges consegue manipular a Areia de Pó Estelar, talvez ele realmente possa saber algo sobre reparação de Armaduras, talvez ele tenha alguma relação com Mu e Kiki, quem sabe foi ele quem consertou as Armaduras de Geki e os outros depois da Guerra Galáctica. Enfim, espero ter informações mais concretas sobre Georges e sua relação com Geki e os outros Cavaleiros do passado. No final, Ryûhô conta para Kôga sobre proximidade da batalha dos Cavaleiros (Saint Fight) que se aproxima, quem ganhar vai poder ver Atena no final. Isso deixa Kôga muito empolgado, pois será a chance de, supostamente, reencontrar Saori. Kôga e Ryûhô prometem ficar mais fortes e se enfrentarem na Saint Fight. E assim, termina mais um episódio.

O episódio mostra cenas do próximo desafio dos novos Cavaleiros: um acampamento infernal que servirá de classificatória para a Saint Fight. Além disso, será um episódio dedicado à Sôma.

Bem, sobre este episódio, eu gostei, especialmente pelas coisas que aprendemos sobre os atributos e a provocação sobre pensarmos a respeito dessa relação entre o atributo, o cosmo, o Cavaleiro e sua nova Armadura. Também ficou marcado para mim a figura de Georges. Não sei se ele será um aliado no futuro, mas pensar que ele pode ter uma certa participação parelela no passado é muito interessante. Foi um grande destaque também ver Shiryû, que agora parece ter sido acometido da mesma privação de sentido que Seiya no Prólogo da Saga do Céu, apesar dele ter aprendido a lidar com isso muito bem e até consegue fazer bem mais do que o Seiya. Anos de prática somados à incrivel capacidade de Shiryu de se adaptar às limitações. Apesar do estado de Shiryu, fiquei contente de saber que Shunrei finalemnte teve o seu “final feliz” com Shiryu depois de chorar e rezar tanto por ele durante o clássico inteiro. Bem, espero que ela apareça ainda e que fale algo interessante no futuro. Gostei muito de Ryûhô, apesar de todos, até os produtores, acharem ele semelhante ao Shun, no final ele não é exatamente igual e fiquei feliz de ver que ele não vai ser protegido pelo grupo como um “irmãozinho menor” como deu a entender os primeiros releases de informação da série. E cabe ressaltar outra curiosidade, na série clássica de TV, foi justamente em seu 4° episódio que Shiryu e Seiya se enfrentaram.

Até o próximo episódio!

>Olá, amigos!

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Para quem não viu, cuidado com os spoilers!

Episódio 04 [exibido em 22/04/2012]

O filho de um herói! Ryûhô contra Kôga!
Eiyû no musuko ! Ryûhô tai Kôga
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★ Staff principal:

Roteiro: Isao Murayama
Diretor: Makoto Sonoda
Storyboard: Toshinori Fukuzawa
Diretor de Animação: Terumi Nishii

Sonoda nunca trabalhou em Saint Seiya antes, encontrei pouca informação sobre ele, na verdade, só soube que ele trabalhou em One Piece e Digimon Savers (vulgo Digimon Data Squad, no ocidente, a quarta série da franquia dos monstros digitais).  O mesmo vale para o roteirista Murayama, mas esse pelo menos trabalhou em Toriko, One Piece e na segunda temporada de Digimon Xross Wars (que antecedeu Omega no mesmo horário da TV Asahi). Fukuzawa também seguiu mais ou menos os mesmos passos de Murayama. Ele também trabalhou em Precure, bem como outros do staff de Omega.
O destaque vai para Nishii, que entre suas participações em animes, destacam-se coisas que gostei muito como Death Note, Inuyasha, Kobato, Mawaru Penguin Drum e Love Hina. Além de trabalhar em Casshern Sins e Precure, onde deve ter conhecido os cabeças do que convocaram o staff de Omega, ele também trabalhou como um dos principais animadores do OVA 3 de Hades Santuário.

★ Elenco:

Kôga de Pégaso: Hikaru Midorikawa
Sõma de Leão Menor: Katsuyuki Konishi
Yuna de Águia: Satsuki Yukino
Ryûhô de Dragão: Tetsuya Kakihara
Ichi de Hidra: Masaya Onosaka
Georges: Masaya Takatsuka

Luciano de Esquadro: Shunzou Miyasaka
Rudolph de Calibu: Yasuhiko Tokuyama
Grey de Colomba: Kouta Nemoto
Komachi de Grou: Umeka Shouji
Arné de Lebre: Kozue Kamada
Pupilo 1: Ichitarô Ai
Pupilo 3: Soda Arai
Pupilo 4: Yôhei Azakami

Seiya de Sagitário/Narrador: Toru Furuya

 

Neste episódio, outro veterano de Saint Seiya aparece: Masaya Onosaka, que com sua voz bem característica e engraçada sempre interpretou o Ichi de Hidra! Curiosidade é que ele dublou o Algol de Perseu em Hades Santuário, papel que na série clássica era de Akira Kamiya (que, por sua vez, também dublou o Atlas de Carina no filme do Abel).
Outro destaque é Ryûhô, dublado pelo Tetsuya Kakihara, o Tenma dos OVAs de The Lost Canvas! Isso é um pouco irônico, Pégaso agora é Dragão, pois lembro que Tôru Furuya já revelou que no passado ele queria o papel de Shiryu.
São creditados alguns atores como alunos de Palaestra, não sei se terão alguma participação mais efetiva, mas de todo modo são Cavaleiros. Também são creditados os dubladores do sisudo e nada simpático instrutor Georges e Luciano (que segundo SSPia, sabe-se ser o Cavaleiro de Bronze de Esquadro), todos nunca trabalharam em Saint Seiya e particularmente, não tenho o que destacar sobre eles. Os outros jovens Cavaleiros que fizeram pontas no último episódio também são creditados novamente só por emitirem alguns sons rapidamente, enfim, faz parte.
Shiryu e Shunrei aparem no episódio, mas como eles entram mudos e saem calados, não tem dubladores creditados. Lembrando que o dublador original de Shiryu, Hirotaka Suzuoki faleceu em 2006, tendo participado até os OVAs de Hades Santuário e o filme Prólogo da Saga do Céu (sendo que sua última participação em Saint Seiya foi dublando Shiryu no 1° jogo de luta do PS2). Antes disso, durante os tempos sombrios dos OVAs de Hades Inferno e Elísios, ele se viu substituído por Takahiro Sakurai, que tem assumido o personagem desde então. Acho que ele fez bem o papel e parece muito com a voz de Suzuoki, então acredito que ele retome o personagem em Omega.
Na série clássica (e em breve participação no filme do Abel), Shunrei foi interpretada por Yumiko Shibata, sendo substituída em Hades Santuário pela idol da época Eriko Satô, que mais ou menos na mesma época se arriscou como atriz no filme Cutie Honey (curiosidade: personagem cujo anime foi um clássico japonês que reuniu os pais do anime clássico de Saint Seiya). Mesmo tendo feito uma participação muito breve, revoltou muitos fãs japoneses. Então, nos OVAs seguintes, ela foi substituída na fase Elísios por Ai Bandô.

★ Mais sobre os atributos do Cosmo e…O filho de Shiryu e Shunrei é igual ao Shun?

  
 

 

Depois de saber que Atena está no Santuário, Kôga decide pegar suas coisas e ir para lá, mesmo tendo já se apresentado como aluno de Palaestra no final do episódio passado. Só que na saída, ele encontra com um misterioso jovem que está de chegada no local. Ele de relance sente algo no cosmo de Kôga e, usando manipulação de água, bloqueia por um instante a passagem de Kôga, dizendo que ainda era cedo para ele partir, já que ele ainda não tinha “despertado sua luz”.
  
 

 

O novo Pégaso fica intrigado e resolve ficar, para o seu bem, pois no dia seguinte Sôma e Yuna comentam que sua saída sem permissão teria sérias consequências. Mas Kôga está mais interessado em saber sobre o garoto misterioso, Yuna observa que ele deve ser alguém habilidoso por controlar a água sem usar sua Armadura. Na mesma cena, vemos a aparição de Ichi, que parece ser bem respeitado entre os demais pupilosde Palaestra, mesmo sendo um deles. Kôga no começo acha que ele algum tipo de professor, mas Sôma informa que ele é amigo de Geki e que está ali porque não descobriu o atributo de seu cosmo. Ichi deixa bem claro o quanto não gosta de ver aqueles garotos usando Armaduras nos tempos de hoje. A partir daqui, entendemos que há mais diferenças entre os Cavaleiros atuais para os de antigamente, e Ichi parece servir para ilustrar bem isso.
  
O misterioso garoto aparece e fica contente por ver que Kôga decidiu ficar, todos os pupilos ao redor ficam contentes com a aparição dele, que na verdade é Ryûhô, conhecido por todos, especialmente, por ser o filho de Shiryu, o lendário Cavaleiro de Dragão! Nesse ponto, é curioso vermos a imagem de Shiryu com a terceira Armadura de Dragão, usada em Hades e no filme Prólogo da Saga do Céu! Sôma conta que Ryûhô treinou com Shiryu e recebeu dele a Armadura de Dragão.
  
Mesmo sem terem sido apresentados, Ryûhô reforça que sabe que Kôga é Pégaso e que ele deve ficar em Palaestra para se desenvolver e, demonstrando-se muito amistoso, oferece-se para treinar com ele. Com o toque do sinal da próxima aula, Ryûhô arrasta Kôga às pressas para a aula sobre os atributos do cosmo com o sisudo instrutor Georges, que cumprimenta Ryôhô e até pergunta sobre sua saúde. O jovem Dragão responde ao cumprimento. Então sabemos que ele estava em sua terra natal, se recuperando, pois por algum motivo ele tem um corpo debilitado desde que nasceu.
  
 
Então, começa o que parece ser um treinamento, onde todos os alunos equipam apenas um braço da Armadura (Kôga não consegue de cara, mas com uma rápida orientação de Ryûhô, ele consegue, mas essa aparente falta de habilidade deixa Georges indignado) e disparam rajadas de elementos contra pilares erguidos com a técnica de Georges, que, segundo Ryûhô, são estruturas compostas de rochas do solo grego (o que parece confirmar mais uma vez que Palaestra é construida na Grécia – o site da TV Asahi já mencionava que Palaestra ficava numa ilha próxima ao Santuário) e revestidas por areia de pó estelar (stardust sand, no original). O site da Toei diz que Georges também foi um Cavaleiro que guarda suas mágoas por ter vivido sob a sombra dos feitos de Seiya e os outros, por isso ele antipatiza com os jovens Cavaleiros de hoje e acha que eles levam uma vida muito fácil em comparação, mas o fato dele manipular stardust sand, que torna os pilares resistentes como Armaduras de Bronze, dá o que pensar. A técnica de reparar as Armaduras utiliza o pó de estrelas. Como bem sabemos através das palavras de Mu no clássico. O que Georges tem a ver com isso? Será que seu elemento é terra? Porque ele deixou de ser um Cavaleiro? E qual era sua Armadura? Bem, isso me lembra que, na enciclopédia do mangá, Saint Seiya Taizen (que, aliás, inspirou o nome deste site), comenta-se que, durante as pesquisas da Fundação Graad dos Kido, encontraram-se informações sobre a existência da Armadura de Bronze de  Buril ou Cinzel (Caelum em latim), que supostamente portaria as ferramentas para o reparo de Armaduras que Mu usava no mangá e que aparecem também em The Lost Canvas, Taizen também menciona uma possivel relação com a Armadura de Escultor. Então, fico imaginando que Georges pode ter sido o Cavaleiro que usava uma dessas Armaduras e que pode ter tido seus desafios na época em que Seiya e os outros estavam no auge.
  
  
 

 

Durante o treinamento, onde parece que o objetivo é fortalecer a técnica de atacar usando os atributos do Cosmo, vemos os elementos de alguns personagens: Spear já sabíamos que era de água, Komachi de Grou surpreendentemente é de terra, Rudolph de Calibu é de vento. Kôga não consegue usar o seu elemento para atacar. Ryûhô relembra sobre os 7 atributos do cosmo que são qualificados e sobre como há vantagens e desvantagens entre eles: trovão < vento < fogo < água < terra < trovão. Mas luz e escuridão são exceções. Durante a cena, observamos que, naquela aula, existem 3 alunos representando cada atributo: Luciano de Esquadro e outros dois Cavaleiros desconhecidos são de Trovão, Yuna e outros dois desconhecidos aparecem disparando o vento (aqui há um aparente erro de continuidade, pois Rudolph aparecia antes usando o Vento e aparentemente estava ao lado de Yuna nesse mesmo momento, mas em seu lugar há um garoto igualmente grande e com um braço de armadura e cabelos de outra cor, creio que houve um erro de cores apenas e aquele que aparece ao lado de Yuna é Rudolph de Calibu), depois vemos Sôma, Grey de Colomba e outro desconhecido usando o Fogo. Quando é a vez dos Cavaleiros da Água, vemos outro Cavaleiro desconhecido (não me parece ser Spear) junto com Arné. Devo dizer que o elemento de Lebre ser água me surpreendeu, não foi nada óbvio para mim, do mesmo modo que Komachi de Grou, uma ave, ser de terra.

Aliás, apesar da vantagem da terra sobre água, Ryûhô consegue superar a Komachi. Então Ichi, que não fez nada por não ter descoberto seu elemento, comenta que alguém com um cosmo superior pode superar essas limitações das vantagens e desvantagens dos elementos.  Ele comenta ainda que as Armaduras agora assumiram a forma das Clostones (Cloth + Stones, as Pedras das Armaduras) com poderes do universo, recebendo a proteção das constelações e ao serem equipadas respondem ao cosmo, a partir daí foram desenvolvidas as habilidades sobre os atributos dos elementos. Quem não consegue dominar os elementos, não consegue utilizar as novas Armaduras de hoje.

Isso leva a crer que as Armaduras novas substituíram as antigas, que em algum grande momento do passado (a batalha contra os deuses da saga do Céu/Tenkai-hen) foram completamente destruídas de tal forma que tiveram de ser totalmente recriadas. Inclusive, no mook SSPia, é revelado que elas são de um metal flexível feito de um material desconhecido. Isso remete à origem das Armaduras contada no Hipermito, cuja constituição conta com Oricalco (metal proveniente de Atlântis e que deu origem em primeiro lugar às Escamas dos Marinas de Poseidon) e Gamânio (metal desconhecido citado no Hipermito). Mas mesmo sem dominar seu atributo, Ichi consegue usar a Armadura nova de Hidra, isso me lembra Cassios que queria a Armadura de Pégaso sem sequer dominar o cosmo e Geki de Urso que quando enfrentou Seiya pela primeira vez também usava a Armadura sem entender bem sobre o cosmo.

Ao mesmo, as novas Armaduras e os atributos do cosmo me lembram a relação entre as God Cloths (Armaduras Divinas) e o cosmo que toca a Grande Vontade (Big Will) de Seiya e os outros na Saga de Hades. Da mesma forma que os Cavaleiros só podiam despertar as God Cloths ao superar os 8 sentidos, coisa que nem se sabia que podia ser feito até acontecer em Hades, os Cavaleiros da nova era devem descobrir o atributo de seu cosmo para dominar um elemento. Então, Ichi só está tentando dominar aquilo que ele sabe que tem, do mesmo jeito, todos os Cavaleiros do passado tem um atributo, mas nem todos o dominaram conscientemente, é exatamente a mesma coisa que o Sétimo e Oitavo  sentido (Seiya dominou o Oitavo Sentido sem sequer saber também, enquanto pulava rumo ao Mundo das Trevas) e sobre tocar a Big Will para manifestar as God Cloths, todos em tese podem fazer só ninguém nunca ensinou como fazer.

  

Enfim, enquanto Ichi grita que quer muito dominar seu elemento para entrar nessa nova era de Cavaleiros com seus atributos, Kôga não consegue manifestar o seu, chamando a atenção de Ryûhô. Naquela noite, ele tenta animar Kôga dizendo que mesmo tendo um brilho fraco agora, Kôga tem uma luz forte. Ryûhô começa a tossir e Kôga comenta sobre sua frágil condição física. Quando o Pégaso pergunta porque ele quis se tornar um Cavaleiro, o jovem Dragão conta que foi para usar seu cosmo para curar seu pai, Shiryu, que perdeu os 5 sentidos durante uma antiga batalha (Ryôhô já era nascido, e considerando que ele tem a mesma idade que Kôga, deve ter sido a batalha após o surgimento de Marte).  Ele explica que desde pequeno, seu Shiryu o treinou através do cosmo, fazendo com que ele se despertasse e se desenvolvesse. Nessa hora, vemos uma imagem do passado, onde o pequeno Ryûhô é treinado por Shiryu diante da cascata de Rozan, Shunrei aparece e os observa. As roupas deles são as mesmas do clássico. Shiryu está vendado como quando estava cego e sua posição, sentado diante da cascata, me lembrou muito o Mestre Ancião. É como se Shiryu estivesse no lugar de Dohko.

  
 

Foi através do Cosmo que Shiryu conversava com seu filho, ele inclusive contou quando, no passado, recuperou sua visão ao elevar seu cosmo, por isso Ryûhô acha que, do mesmo jeito que Shiryu o treinou através do cosmo, se ele ficar forte o bastante, pode usar seu cosmo para curar Shiryu. Ele pergunta para Kôga o motivo dele ter se tornado um Cavaleiro e ele responde que é para salvar  Saori. Ryûhô se impressiona, pois ele sabe que Saori é o verdadeiro nome de Atena, certamente foi uma das  coisas que Shiryu contou, Ryûhô pode saber mais sobre o passado, coisas que nem Kôga conhece.

  

Os dois são surpreendidos por Georges, que logo quer dar uma punição por eles terem violado o toque de recolher. Ryûhô surpreende Kôga por logo tentar “tirar o corpo fora” da bronca e ainda entrega o Pégaso por antes ter tentado sair de Palaestra (no começo do episódio). Ele propõe não ser punido se vencer Pégaso num duelo autorizado. Georges se empolga com a ideia de ver um duelo entre Pégaso e Dragão e aceita. O que me chamou a atenção foi a forma como os diretores mostraram a dissimulação de Ry~uhô, não mostrando o rosto dele enquanto acontecia tudo isso. Sutilezas que me lembram o estilo de Yamauchi.

 

Em um tipo de catedral com água pelo chão (achei meio estranho isso… talvez seja algum tipo de campo de treinamento do pessoal que domina a água), Kôga se prepara para o duelo. Sôma não ajuda muito, mas, mesmo sem botar fé na vitória dele, Yuna aconselha Kôga a lutar o mais perto possível e usando os punhos, devido à condição física de Ryûhô.  Ryûhô logo aparece, diz que não vai pegar leve com ele, e equipa sua Armadura de Dragão, invocando ela de sua Clostone em um anel.

 

Geki e Ichi observam com certa nostalgia o encontro de Pégaso e Dragão. Yuna observa que aquele desafio não era algo típico do comportamento de Ryûhô, o que me leva a crer que ela o conhece um pouco mais que os demais colegas de Palaestra. Rtûhô conta para Kôga que no passado Shiryu e Seiya se enfrentaram e que o Dragão perdeu, essa para ele seria a chance de trazer honra ao nome do pai. Kôga não sabe nada sobre os feitos de Seiya, então só reforça que ele quer lutar por si mesmo.

 
 

A luta começa, Kôga tenta usar a estratégia sugerida por Yuna, mas Ryûhô consegue sentir o cosmo de Kôga oscilando antes de cada ataque, por isso consegue prever o movimento e desvia sem problemas. Enquando Kôga ainda não consegue dominar seu atributo, Ryûhô o ataca com golpes de água: Suihakkei (que que parece ser a combinação da palavra água/sui com “hakkei”, literalmente “liberação de poder”, que deriva de um conceito chinês de artes marciais, o Fa Jin, então eu traduziria como Fa Jin de Água ou simplesmente Rajada de Água) e Kyôkasuigetsu (literalmente “flores refletidas no espelho e lua refletida na água”, é mais um conceito que serve para se referir a um belo reflexo, uma imagem sem substância ou ainda uma expressão usada em poemas para exaltar uma beleza que não se descrever com palavras, enfim, eu traduziria o golpe simplesmente como “Reflexo de Água”). Kôga consegue passar pelo segundo ataque e ataca Ryûhô, mas acaba chocando-se contra o famoso Escudo do Dragão, que mesmo em uma nova Armadura, possui a mesma fama de ser resistente como antes. Ryûhô então ataca o Pegaso com um movimento cortante de água que lembra a Excalibur, mas realmente não creio ser a mesma coisa.

 
 

Mesmo assim, e ainda apanhando mais, Kôga não se dá por vencido, então consegue desperar sua luz e dispara um golpe totalmente novo: Pegasus Senkôken (Punho Reluzente de Pégaso). Para a surpresa de todos, Ryûhô é jogado longe, mas ele não se dá por vencido, então resolve usar o Cólera do Dragão/Rozan Shô Ryû Ha, atingindo Kôga em cheio. Mesmo conseguindo a vitória, Ryûhô está está exausto e mesmo dando a mão para Kõga levantar, ele mesmo cai no chão de exausto. Então Yuna o questiona sobre a verdadeira intenção de fazer Kôga dominar seu atributo. Ryûhô então conta que seu, apesar de seu pai ter enfrentado Seiya, eles se tornaram amigos e evoluiram seus cosmos juntos, ou seja, os Cavaleiros ficam mais fortes graças à amizade com outros Cavaleiros que crescem junto com eles. Realmente, o produtor da série disse que esse era um conceito chave dessa série e era algo basilar da série clássica, é realmente o tipo de ensinamento que Shiryu ministraria como ninguém. Foi o que fez, inclusive o Dragão Negro mudar na série de TV clássica. Gostei dessa parte do episódio em especial.

 

Geki então intervem e convence Georges a liberar os dois da punição em homenagem à luta que eles travaram. Com uma certa resistência, Georges concorda. Essa cena parece reforçar a relação entre Georges e Geki. Isso me faz pensar, que talvez eles tenham se conhecido antes. Nunca ficou claro o que aconreceu com Geki e os outros entre a Guerra Galáctica e as 12 Casas (sabe-se que eles foram treinar, ai parece que dominaram o cosmo e restauraram as Armaduras de Bronze de alguma forma), bem como o que aconteceu entre Poseidon, Hades, Tenkai e etc. Georges deve ter sido um Cavaleiro que conheceu Geki em um desses períodos misteriosos. Se Georges consegue manipular a Areia de Pó Estelar, talvez ele realmente possa saber algo sobre reparação de Armaduras, talvez ele tenha alguma relação com Mu e Kiki, quem sabe foi ele quem consertou as Armaduras de Geki e os outros depois da Guerra Galáctica. Enfim, espero ter informações mais concretas sobre Georges e sua relação com Geki e os outros Cavaleiros do passado. No final, Ryûhô conta para Kôga sobre proximidade da batalha dos Cavaleiros (Saint Fight) que se aproxima, quem ganhar vai poder ver Atena no final. Isso deixa Kôga muito empolgado, pois será a chance de, supostamente, reencontrar Saori. Kôga e Ryûhô prometem ficar mais fortes e se enfrentarem na Saint Fight. E assim, termina mais um episódio.

O episódio mostra cenas do próximo desafio dos novos Cavaleiros: um acampamento infernal que servirá de classificatória para a Saint Fight. Além disso, será um episódio dedicado à Sôma.

Bem, sobre este episódio, eu gostei, especialmente pelas coisas que aprendemos sobre os atributos e a provocação sobre pensarmos a respeito dessa relação entre o atributo, o cosmo, o Cavaleiro e sua nova Armadura. Também ficou marcado para mim a figura de Georges. Não sei se ele será um aliado no futuro, mas pensar que ele pode ter uma certa participação parelela no passado é muito interessante. Foi um grande destaque também ver Shiryû, que agora parece ter sido acometido da mesma privação de sentido que Seiya no Prólogo da Saga do Céu, apesar dele ter aprendido a lidar com isso muito bem e até consegue fazer bem mais do que o Seiya. Anos de prática somados à incrivel capacidade de Shiryu de se adaptar às limitações. Apesar do estado de Shiryu, fiquei contente de saber que Shunrei finalemnte teve o seu “final feliz” com Shiryu depois de chorar e rezar tanto por ele durante o clássico inteiro. Bem, espero que ela apareça ainda e que fale algo interessante no futuro. Gostei muito de Ryûhô, apesar de todos, até os produtores, acharem ele semelhante ao Shun, no final ele não é exatamente igual e fiquei feliz de ver que ele não vai ser protegido pelo grupo como um “irmãozinho menor” como deu a entender os primeiros releases de informação da série. E cabe ressaltar outra curiosidade, na série clássica de TV, foi justamente em seu 4° episódio que Shiryu e Seiya se enfrentaram.

Até o próximo episódio!

>Olá, amigos!

Seguem os meus comentários sobre os episódios da novidade do momento!

Para quem não viu, cuidado com os spoilers!

Episódio 04 [exibido em 22/04/2012]

O filho de um herói! Ryûhô contra Kôga!
Eiyû no musuko ! Ryûhô tai Kôga
!

★ Staff principal:

Roteiro: Isao Murayama
Diretor: Makoto Sonoda
Storyboard: Toshinori Fukuzawa
Diretor de Animação: Terumi Nishii

Sonoda nunca trabalhou em Saint Seiya antes, encontrei pouca informação sobre ele, na verdade, só soube que ele trabalhou em One Piece e Digimon Savers (vulgo Digimon Data Squad, no ocidente, a quarta série da franquia dos monstros digitais).  O mesmo vale para o roteirista Murayama, mas esse pelo menos trabalhou em Toriko, One Piece e na segunda temporada de Digimon Xross Wars (que antecedeu Omega no mesmo horário da TV Asahi). Fukuzawa também seguiu mais ou menos os mesmos passos de Murayama. Ele também trabalhou em Precure, bem como outros do staff de Omega.
O destaque vai para Nishii, que entre suas participações em animes, destacam-se coisas que gostei muito como Death Note, Inuyasha, Kobato, Mawaru Penguin Drum e Love Hina. Além de trabalhar em Casshern Sins e Precure, onde deve ter conhecido os cabeças do que convocaram o staff de Omega, ele também trabalhou como um dos principais animadores do OVA 3 de Hades Santuário.

★ Elenco:

Kôga de Pégaso: Hikaru Midorikawa
Sõma de Leão Menor: Katsuyuki Konishi
Yuna de Águia: Satsuki Yukino
Ryûhô de Dragão: Tetsuya Kakihara
Ichi de Hidra: Masaya Onosaka
Georges: Masaya Takatsuka

Luciano de Esquadro: Shunzou Miyasaka
Rudolph de Calibu: Yasuhiko Tokuyama
Grey de Colomba: Kouta Nemoto
Komachi de Grou: Umeka Shouji
Arné de Lebre: Kozue Kamada
Pupilo 1: Ichitarô Ai
Pupilo 3: Soda Arai
Pupilo 4: Yôhei Azakami

Seiya de Sagitário/Narrador: Toru Furuya

 

Neste episódio, outro veterano de Saint Seiya aparece: Masaya Onosaka, que com sua voz bem característica e engraçada sempre interpretou o Ichi de Hidra! Curiosidade é que ele dublou o Algol de Perseu em Hades Santuário, papel que na série clássica era de Akira Kamiya (que, por sua vez, também dublou o Atlas de Carina no filme do Abel).
Outro destaque é Ryûhô, dublado pelo Tetsuya Kakihara, o Tenma dos OVAs de The Lost Canvas! Isso é um pouco irônico, Pégaso agora é Dragão, pois lembro que Tôru Furuya já revelou que no passado ele queria o papel de Shiryu.
São creditados alguns atores como alunos de Palaestra, não sei se terão alguma participação mais efetiva, mas de todo modo são Cavaleiros. Também são creditados os dubladores do sisudo e nada simpático instrutor Georges e Luciano (que segundo SSPia, sabe-se ser o Cavaleiro de Bronze de Esquadro), todos nunca trabalharam em Saint Seiya e particularmente, não tenho o que destacar sobre eles. Os outros jovens Cavaleiros que fizeram pontas no último episódio também são creditados novamente só por emitirem alguns sons rapidamente, enfim, faz parte.
Shiryu e Shunrei aparem no episódio, mas como eles entram mudos e saem calados, não tem dubladores creditados. Lembrando que o dublador original de Shiryu, Hirotaka Suzuoki faleceu em 2006, tendo participado até os OVAs de Hades Santuário e o filme Prólogo da Saga do Céu (sendo que sua última participação em Saint Seiya foi dublando Shiryu no 1° jogo de luta do PS2). Antes disso, durante os tempos sombrios dos OVAs de Hades Inferno e Elísios, ele se viu substituído por Takahiro Sakurai, que tem assumido o personagem desde então. Acho que ele fez bem o papel e parece muito com a voz de Suzuoki, então acredito que ele retome o personagem em Omega.
Na série clássica (e em breve participação no filme do Abel), Shunrei foi interpretada por Yumiko Shibata, sendo substituída em Hades Santuário pela idol da época Eriko Satô, que mais ou menos na mesma época se arriscou como atriz no filme Cutie Honey (curiosidade: personagem cujo anime foi um clássico japonês que reuniu os pais do anime clássico de Saint Seiya). Mesmo tendo feito uma participação muito breve, revoltou muitos fãs japoneses. Então, nos OVAs seguintes, ela foi substituída na fase Elísios por Ai Bandô.

★ Mais sobre os atributos do Cosmo e…O filho de Shiryu e Shunrei é igual ao Shun?

  
 

 

Depois de saber que Atena está no Santuário, Kôga decide pegar suas coisas e ir para lá, mesmo tendo já se apresentado como aluno de Palaestra no final do episódio passado. Só que na saída, ele encontra com um misterioso jovem que está de chegada no local. Ele de relance sente algo no cosmo de Kôga e, usando manipulação de água, bloqueia por um instante a passagem de Kôga, dizendo que ainda era cedo para ele partir, já que ele ainda não tinha “despertado sua luz”.
  
 

 

O novo Pégaso fica intrigado e resolve ficar, para o seu bem, pois no dia seguinte Sôma e Yuna comentam que sua saída sem permissão teria sérias consequências. Mas Kôga está mais interessado em saber sobre o garoto misterioso, Yuna observa que ele deve ser alguém habilidoso por controlar a água sem usar sua Armadura. Na mesma cena, vemos a aparição de Ichi, que parece ser bem respeitado entre os demais pupilosde Palaestra, mesmo sendo um deles. Kôga no começo acha que ele algum tipo de professor, mas Sôma informa que ele é amigo de Geki e que está ali porque não descobriu o atributo de seu cosmo. Ichi deixa bem claro o quanto não gosta de ver aqueles garotos usando Armaduras nos tempos de hoje. A partir daqui, entendemos que há mais diferenças entre os Cavaleiros atuais para os de antigamente, e Ichi parece servir para ilustrar bem isso.
  
O misterioso garoto aparece e fica contente por ver que Kôga decidiu ficar, todos os pupilos ao redor ficam contentes com a aparição dele, que na verdade é Ryûhô, conhecido por todos, especialmente, por ser o filho de Shiryu, o lendário Cavaleiro de Dragão! Nesse ponto, é curioso vermos a imagem de Shiryu com a terceira Armadura de Dragão, usada em Hades e no filme Prólogo da Saga do Céu! Sôma conta que Ryûhô treinou com Shiryu e recebeu dele a Armadura de Dragão.
  
Mesmo sem terem sido apresentados, Ryûhô reforça que sabe que Kôga é Pégaso e que ele deve ficar em Palaestra para se desenvolver e, demonstrando-se muito amistoso, oferece-se para treinar com ele. Com o toque do sinal da próxima aula, Ryûhô arrasta Kôga às pressas para a aula sobre os atributos do cosmo com o sisudo instrutor Georges, que cumprimenta Ryôhô e até pergunta sobre sua saúde. O jovem Dragão responde ao cumprimento. Então sabemos que ele estava em sua terra natal, se recuperando, pois por algum motivo ele tem um corpo debilitado desde que nasceu.
  
 
Então, começa o que parece ser um treinamento, onde todos os alunos equipam apenas um braço da Armadura (Kôga não consegue de cara, mas com uma rápida orientação de Ryûhô, ele consegue, mas essa aparente falta de habilidade deixa Georges indignado) e disparam rajadas de elementos contra pilares erguidos com a técnica de Georges, que, segundo Ryûhô, são estruturas compostas de rochas do solo grego (o que parece confirmar mais uma vez que Palaestra é construida na Grécia – o site da TV Asahi já mencionava que Palaestra ficava numa ilha próxima ao Santuário) e revestidas por areia de pó estelar (stardust sand, no original). O site da Toei diz que Georges também foi um Cavaleiro que guarda suas mágoas por ter vivido sob a sombra dos feitos de Seiya e os outros, por isso ele antipatiza com os jovens Cavaleiros de hoje e acha que eles levam uma vida muito fácil em comparação, mas o fato dele manipular stardust sand, que torna os pilares resistentes como Armaduras de Bronze, dá o que pensar. A técnica de reparar as Armaduras utiliza o pó de estrelas. Como bem sabemos através das palavras de Mu no clássico. O que Georges tem a ver com isso? Será que seu elemento é terra? Porque ele deixou de ser um Cavaleiro? E qual era sua Armadura? Bem, isso me lembra que, na enciclopédia do mangá, Saint Seiya Taizen (que, aliás, inspirou o nome deste site), comenta-se que, durante as pesquisas da Fundação Graad dos Kido, encontraram-se informações sobre a existência da Armadura de Bronze de  Buril ou Cinzel (Caelum em latim), que supostamente portaria as ferramentas para o reparo de Armaduras que Mu usava no mangá e que aparecem também em The Lost Canvas, Taizen também menciona uma possivel relação com a Armadura de Escultor. Então, fico imaginando que Georges pode ter sido o Cavaleiro que usava uma dessas Armaduras e que pode ter tido seus desafios na época em que Seiya e os outros estavam no auge.
  
  
 

 

Durante o treinamento, onde parece que o objetivo é fortalecer a técnica de atacar usando os atributos do Cosmo, vemos os elementos de alguns personagens: Spear já sabíamos que era de água, Komachi de Grou surpreendentemente é de terra, Rudolph de Calibu é de vento. Kôga não consegue usar o seu elemento para atacar. Ryûhô relembra sobre os 7 atributos do cosmo que são qualificados e sobre como há vantagens e desvantagens entre eles: trovão < vento < fogo < água < terra < trovão. Mas luz e escuridão são exceções. Durante a cena, observamos que, naquela aula, existem 3 alunos representando cada atributo: Luciano de Esquadro e outros dois Cavaleiros desconhecidos são de Trovão, Yuna e outros dois desconhecidos aparecem disparando o vento (aqui há um aparente erro de continuidade, pois Rudolph aparecia antes usando o Vento e aparentemente estava ao lado de Yuna nesse mesmo momento, mas em seu lugar há um garoto igualmente grande e com um braço de armadura e cabelos de outra cor, creio que houve um erro de cores apenas e aquele que aparece ao lado de Yuna é Rudolph de Calibu), depois vemos Sôma, Grey de Colomba e outro desconhecido usando o Fogo. Quando é a vez dos Cavaleiros da Água, vemos outro Cavaleiro desconhecido (não me parece ser Spear) junto com Arné. Devo dizer que o elemento de Lebre ser água me surpreendeu, não foi nada óbvio para mim, do mesmo modo que Komachi de Grou, uma ave, ser de terra.

Aliás, apesar da vantagem da terra sobre água, Ryûhô consegue superar a Komachi. Então Ichi, que não fez nada por não ter descoberto seu elemento, comenta que alguém com um cosmo superior pode superar essas limitações das vantagens e desvantagens dos elementos.  Ele comenta ainda que as Armaduras agora assumiram a forma das Clostones (Cloth + Stones, as Pedras das Armaduras) com poderes do universo, recebendo a proteção das constelações e ao serem equipadas respondem ao cosmo, a partir daí foram desenvolvidas as habilidades sobre os atributos dos elementos. Quem não consegue dominar os elementos, não consegue utilizar as novas Armaduras de hoje.

Isso leva a crer que as Armaduras novas substituíram as antigas, que em algum grande momento do passado (a batalha contra os deuses da saga do Céu/Tenkai-hen) foram completamente destruídas de tal forma que tiveram de ser totalmente recriadas. Inclusive, no mook SSPia, é revelado que elas são de um metal flexível feito de um material desconhecido. Isso remete à origem das Armaduras contada no Hipermito, cuja constituição conta com Oricalco (metal proveniente de Atlântis e que deu origem em primeiro lugar às Escamas dos Marinas de Poseidon) e Gamânio (metal desconhecido citado no Hipermito). Mas mesmo sem dominar seu atributo, Ichi consegue usar a Armadura nova de Hidra, isso me lembra Cassios que queria a Armadura de Pégaso sem sequer dominar o cosmo e Geki de Urso que quando enfrentou Seiya pela primeira vez também usava a Armadura sem entender bem sobre o cosmo.

Ao mesmo, as novas Armaduras e os atributos do cosmo me lembram a relação entre as God Cloths (Armaduras Divinas) e o cosmo que toca a Grande Vontade (Big Will) de Seiya e os outros na Saga de Hades. Da mesma forma que os Cavaleiros só podiam despertar as God Cloths ao superar os 8 sentidos, coisa que nem se sabia que podia ser feito até acontecer em Hades, os Cavaleiros da nova era devem descobrir o atributo de seu cosmo para dominar um elemento. Então, Ichi só está tentando dominar aquilo que ele sabe que tem, do mesmo jeito, todos os Cavaleiros do passado tem um atributo, mas nem todos o dominaram conscientemente, é exatamente a mesma coisa que o Sétimo e Oitavo  sentido (Seiya dominou o Oitavo Sentido sem sequer saber também, enquanto pulava rumo ao Mundo das Trevas) e sobre tocar a Big Will para manifestar as God Cloths, todos em tese podem fazer só ninguém nunca ensinou como fazer.

  

Enfim, enquanto Ichi grita que quer muito dominar seu elemento para entrar nessa nova era de Cavaleiros com seus atributos, Kôga não consegue manifestar o seu, chamando a atenção de Ryûhô. Naquela noite, ele tenta animar Kôga dizendo que mesmo tendo um brilho fraco agora, Kôga tem uma luz forte. Ryûhô começa a tossir e Kôga comenta sobre sua frágil condição física. Quando o Pégaso pergunta porque ele quis se tornar um Cavaleiro, o jovem Dragão conta que foi para usar seu cosmo para curar seu pai, Shiryu, que perdeu os 5 sentidos durante uma antiga batalha (Ryôhô já era nascido, e considerando que ele tem a mesma idade que Kôga, deve ter sido a batalha após o surgimento de Marte).  Ele explica que desde pequeno, seu Shiryu o treinou através do cosmo, fazendo com que ele se despertasse e se desenvolvesse. Nessa hora, vemos uma imagem do passado, onde o pequeno Ryûhô é treinado por Shiryu diante da cascata de Rozan, Shunrei aparece e os observa. As roupas deles são as mesmas do clássico. Shiryu está vendado como quando estava cego e sua posição, sentado diante da cascata, me lembrou muito o Mestre Ancião. É como se Shiryu estivesse no lugar de Dohko.

  
 

Foi através do Cosmo que Shiryu conversava com seu filho, ele inclusive contou quando, no passado, recuperou sua visão ao elevar seu cosmo, por isso Ryûhô acha que, do mesmo jeito que Shiryu o treinou através do cosmo, se ele ficar forte o bastante, pode usar seu cosmo para curar Shiryu. Ele pergunta para Kôga o motivo dele ter se tornado um Cavaleiro e ele responde que é para salvar  Saori. Ryûhô se impressiona, pois ele sabe que Saori é o verdadeiro nome de Atena, certamente foi uma das  coisas que Shiryu contou, Ryûhô pode saber mais sobre o passado, coisas que nem Kôga conhece.

  

Os dois são surpreendidos por Georges, que logo quer dar uma punição por eles terem violado o toque de recolher. Ryûhô surpreende Kôga por logo tentar “tirar o corpo fora” da bronca e ainda entrega o Pégaso por antes ter tentado sair de Palaestra (no começo do episódio). Ele propõe não ser punido se vencer Pégaso num duelo autorizado. Georges se empolga com a ideia de ver um duelo entre Pégaso e Dragão e aceita. O que me chamou a atenção foi a forma como os diretores mostraram a dissimulação de Ry~uhô, não mostrando o rosto dele enquanto acontecia tudo isso. Sutilezas que me lembram o estilo de Yamauchi.

 

Em um tipo de catedral com água pelo chão (achei meio estranho isso… talvez seja algum tipo de campo de treinamento do pessoal que domina a água), Kôga se prepara para o duelo. Sôma não ajuda muito, mas, mesmo sem botar fé na vitória dele, Yuna aconselha Kôga a lutar o mais perto possível e usando os punhos, devido à condição física de Ryûhô.  Ryûhô logo aparece, diz que não vai pegar leve com ele, e equipa sua Armadura de Dragão, invocando ela de sua Clostone em um anel.

 

Geki e Ichi observam com certa nostalgia o encontro de Pégaso e Dragão. Yuna observa que aquele desafio não era algo típico do comportamento de Ryûhô, o que me leva a crer que ela o conhece um pouco mais que os demais colegas de Palaestra. Rtûhô conta para Kôga que no passado Shiryu e Seiya se enfrentaram e que o Dragão perdeu, essa para ele seria a chance de trazer honra ao nome do pai. Kôga não sabe nada sobre os feitos de Seiya, então só reforça que ele quer lutar por si mesmo.

 
 

A luta começa, Kôga tenta usar a estratégia sugerida por Yuna, mas Ryûhô consegue sentir o cosmo de Kôga oscilando antes de cada ataque, por isso consegue prever o movimento e desvia sem problemas. Enquando Kôga ainda não consegue dominar seu atributo, Ryûhô o ataca com golpes de água: Suihakkei (que que parece ser a combinação da palavra água/sui com “hakkei”, literalmente “liberação de poder”, que deriva de um conceito chinês de artes marciais, o Fa Jin, então eu traduziria como Fa Jin de Água ou simplesmente Rajada de Água) e Kyôkasuigetsu (literalmente “flores refletidas no espelho e lua refletida na água”, é mais um conceito que serve para se referir a um belo reflexo, uma imagem sem substância ou ainda uma expressão usada em poemas para exaltar uma beleza que não se descrever com palavras, enfim, eu traduziria o golpe simplesmente como “Reflexo de Água”). Kôga consegue passar pelo segundo ataque e ataca Ryûhô, mas acaba chocando-se contra o famoso Escudo do Dragão, que mesmo em uma nova Armadura, possui a mesma fama de ser resistente como antes. Ryûhô então ataca o Pegaso com um movimento cortante de água que lembra a Excalibur, mas realmente não creio ser a mesma coisa.

 
 

Mesmo assim, e ainda apanhando mais, Kôga não se dá por vencido, então consegue desperar sua luz e dispara um golpe totalmente novo: Pegasus Senkôken (Punho Reluzente de Pégaso). Para a surpresa de todos, Ryûhô é jogado longe, mas ele não se dá por vencido, então resolve usar o Cólera do Dragão/Rozan Shô Ryû Ha, atingindo Kôga em cheio. Mesmo conseguindo a vitória, Ryûhô está está exausto e mesmo dando a mão para Kõga levantar, ele mesmo cai no chão de exausto. Então Yuna o questiona sobre a verdadeira intenção de fazer Kôga dominar seu atributo. Ryûhô então conta que seu, apesar de seu pai ter enfrentado Seiya, eles se tornaram amigos e evoluiram seus cosmos juntos, ou seja, os Cavaleiros ficam mais fortes graças à amizade com outros Cavaleiros que crescem junto com eles. Realmente, o produtor da série disse que esse era um conceito chave dessa série e era algo basilar da série clássica, é realmente o tipo de ensinamento que Shiryu ministraria como ninguém. Foi o que fez, inclusive o Dragão Negro mudar na série de TV clássica. Gostei dessa parte do episódio em especial.

 

Geki então intervem e convence Georges a liberar os dois da punição em homenagem à luta que eles travaram. Com uma certa resistência, Georges concorda. Essa cena parece reforçar a relação entre Georges e Geki. Isso me faz pensar, que talvez eles tenham se conhecido antes. Nunca ficou claro o que aconreceu com Geki e os outros entre a Guerra Galáctica e as 12 Casas (sabe-se que eles foram treinar, ai parece que dominaram o cosmo e restauraram as Armaduras de Bronze de alguma forma), bem como o que aconteceu entre Poseidon, Hades, Tenkai e etc. Georges deve ter sido um Cavaleiro que conheceu Geki em um desses períodos misteriosos. Se Georges consegue manipular a Areia de Pó Estelar, talvez ele realmente possa saber algo sobre reparação de Armaduras, talvez ele tenha alguma relação com Mu e Kiki, quem sabe foi ele quem consertou as Armaduras de Geki e os outros depois da Guerra Galáctica. Enfim, espero ter informações mais concretas sobre Georges e sua relação com Geki e os outros Cavaleiros do passado. No final, Ryûhô conta para Kôga sobre proximidade da batalha dos Cavaleiros (Saint Fight) que se aproxima, quem ganhar vai poder ver Atena no final. Isso deixa Kôga muito empolgado, pois será a chance de, supostamente, reencontrar Saori. Kôga e Ryûhô prometem ficar mais fortes e se enfrentarem na Saint Fight. E assim, termina mais um episódio.

O episódio mostra cenas do próximo desafio dos novos Cavaleiros: um acampamento infernal que servirá de classificatória para a Saint Fight. Além disso, será um episódio dedicado à Sôma.

Bem, sobre este episódio, eu gostei, especialmente pelas coisas que aprendemos sobre os atributos e a provocação sobre pensarmos a respeito dessa relação entre o atributo, o cosmo, o Cavaleiro e sua nova Armadura. Também ficou marcado para mim a figura de Georges. Não sei se ele será um aliado no futuro, mas pensar que ele pode ter uma certa participação parelela no passado é muito interessante. Foi um grande destaque também ver Shiryû, que agora parece ter sido acometido da mesma privação de sentido que Seiya no Prólogo da Saga do Céu, apesar dele ter aprendido a lidar com isso muito bem e até consegue fazer bem mais do que o Seiya. Anos de prática somados à incrivel capacidade de Shiryu de se adaptar às limitações. Apesar do estado de Shiryu, fiquei contente de saber que Shunrei finalemnte teve o seu “final feliz” com Shiryu depois de chorar e rezar tanto por ele durante o clássico inteiro. Bem, espero que ela apareça ainda e que fale algo interessante no futuro. Gostei muito de Ryûhô, apesar de todos, até os produtores, acharem ele semelhante ao Shun, no final ele não é exatamente igual e fiquei feliz de ver que ele não vai ser protegido pelo grupo como um “irmãozinho menor” como deu a entender os primeiros releases de informação da série. E cabe ressaltar outra curiosidade, na série clássica de TV, foi justamente em seu 4° episódio que Shiryu e Seiya se enfrentaram.

Até o próximo episódio!