Photobucket Photobucket

Todos lembram dessas cenas, presentes no episódio 29 do animê e no volume 10 da edição nacional do mangá (página 82 e 83), onde Saori Kido – recém revelada sua identidade de Atena, é raptada pelos corvos de Jamian. Poeticamente falando é um cenário muito bonito.

Mas agora vejam, abaixo… São imagens do clipe de uma música, chamada Nemo, da banda finlandesa Nightwish em seu álbum Once, de 2004, onde sua ex-vocalista principal, Tarja Turunen, aparece protagonizando uma cena muito semelhante à ocorrida com Saori.

Photobucket Photobucket
Photobucket Photobucket
Presa por amarras nos braços à corvos, a cena se torna mais similar com o relevo de fundo, montanhoso, tal no confronto com o Cavaleiro de Prata. Todavia, não devo aqui traçar uma referência direta à Saint Seiya nesse caso, somente uma comparação, pois não sei ao certo a origem real dessa abordagem, mas suspeito (pode ser outra obra, um livro, etc)…

Nemo é um termo latino para “ninguém“. Alternativamente, também o nome de um capitão no livro “Vinte Mil Léguas Submarinas”, de Júlio Verne (infelizmente, nunca li, mas recomendo “Viagem ao Centro da Terra”, opa, voltando ao assunto…). E, finalmente, é o termo latino traduzido usado por Odisseu, quando, defronte o ciclope Polifemo, ele se esquiva dizendo “Udis” (gr.: Oυδίς).

Photobucket Photobucket
O título da música não ajuda muito a achar uma correlação entre as obras, mas talvez as pistas estejam ai apontadas, principalmente se pensarmos na letra da canção:


“This is me for forever
One without a name

These lines the last endeavor

To find the missing lifeline”

“Este sou eu, para sempre…
alguém sem um nome.
Esta vida é o último vôo…

para achar a linha da vida perdida”


Muito me atrevo a usar tais palavras no entendimento da cena de Saint Seiya, afinal, uma coisa não tem a ver com a outra. Mas ainda assim achei legal assim pensar:

Como que ‘alguém sem um nome‘ fosse uma pessoa com um conflito existencial, à busca de seu próprio conhecimento interior. Como se o ‘último vôo‘ (tanto o rapto, como a vida presente de Saori), fosse a linha, o caminho, para encontrar sua vida perdida, sua identidade como reencarnação de Atena (visto que, como vimos, foi disso em diante que Saori postou-se como deusa de fato, até para proteger Seiya).

Agora enfim, ótimos devaneios, mas repito, tal relação não deve ser traçada sem a fonte original primária dessas metáforas.

Quem sabe um dia…

p.s. Agradecimentos pelas screens do animê: Raiga, Forum Arayashiki.

p.p.s. Aos desatentos, eu não disse, com este pequeno artigo, que uma coisa faz referência a outra! Atenção, hehe. São só pontos similares que talvez tenham uma origem comum.