00 – Prólogo…

Olá, pessoal.

Já tem um bom tempo que eu queria reservar um espaço do site/blog para escrever um pouco sobre a minha visão acerca de determinado(s) tema(s) de Saint Seiya. Neste ano, “Os Cavaleiros do Zodíaco”, versão brasileira de “Saint Seiya”, vai completar 20 anos de sua primeira exibição na TV Manchete, e esse clima de comemorações me fez pensar em como a Taizen começou também.

topotaizen
Topo da primeira versão da Taizen Saint Seiya, produzido pelo Michael Serra, no início do site/blog em 14 de julho de 2004 (quarta-feira).

Quando o Michael e eu, Allan “Nicol”, resolvemos criar a Taizen, nossa intenção era colocar em algum lugar textos sobre nossas pesquisas que postávamos no Monte Olimpo, um fórum de discussão já extinto, que era um dos melhores pontos de encontro virtual dos fãs de CDZ do começo dos anos 2000. Lembro como se fosse ontem de conversar com o Michael via ICQ e propor criarmos um site juntos, pois postávamos coisas com um teor semelhante: explorávamos o conhecimento por trás de CDZ. Ele topou na hora, e assim começamos. Nossa forma de pensar era tão similar, que até hoje o Michael é a única pessoa que conheci pela internet que eu chamo de irmão, ou simplesmente “mano”. E olha que já conheci bastante gente, muitos fãs de Saint Seiya.

Ao longo do tempo de existência da Taizen Saint Seiya, fomos produzindo textos, listas, traduzindo coisas, fazendo resenhas… Entre tantos altos e baixos com a parte técnica do site/blog, conquistamos alguns leitores fiéis (até alguns detratores). Todos que visitam o site sabem que nós não nos propomos nunca a disponibilizar downloads de episódios, mp3 ou coisas assim. Acho que isso sempre teve aos montes. Não que condenemos isso, seria até hipocrisia, mas ser um site de downloads nunca foi nosso foco. Mesmo dar notícias também não era nosso foco. Eu, particularmente, acabei fazendo esse papel de dar notícias via twitter e, recentemente, pela nossa página no facebook. Porém, isso é algo mais meu mesmo, também nunca foi nosso foco. Desde os tempos em que Saint Seiya do Japão não era algo tão acessível, eu me aventurava procurando novidades como um fã qualquer e acabava compartilhando com os outros fãs sem grandes intenções. Bem no começo, já fiz parte de um site grande onde o foco era, e ainda é, dar notícias. Conheci o lado obscuro disso e resolvi me afastar. Isso também foi um dos motivos que me deu mais força a fazer da Taizen o que ela tem sido até então.

Entre problemas técnicos e ausências, a vida foi tratando de nos moldar. Naturalmente, Michael foi se dedicando mais ao trabalho e outros assuntos de sua vida. Eu também. Só que para mim, a Taizen sempre foi uma certa válvula de escape. Então, mesmo também sendo ausente aqui e ali, eu não queria deixar esse lado da minha vida morrer. Saint Seiya sem dúvida foi algo que marcou minha vida e, sendo ainda mais piegas, ajudou a definir como sou hoje e a forma como vejo as coisas em geral. Então tenho persistido.

Participei de muitos fóruns também nesses anos como fã da obra. Em alguns eu até ainda sou cadastrado, embora não atue como antigamente. Isso se deve às minhas decepções com certos tipos de fãs. Não cito pessoas em especial, porque eu percebi que aonde quer que eu fosse, pessoas que se portavam da mesma forma estavam lá. E isso não mudou, mesmo em twitter, facebook ou seja lá em qual meio os fãs resolvam usar para interagirem. Essas experiências também contribuíram para fazer da Taizen o meu refúgio. Onde eu posto o que quero e como quero. Tem quem não entenda e nem aceite isso. Há quem busque uma imparcialidade absoluta em nosso conteúdo, uma utópica neutralidade que de fato não existe no meio dos fãs de Saint Seiya. Desde o começo, postamos o que achávamos interessante. Por exemplo, não nos víamos obrigados a escrever detidamente sobre os bonecos e derivados (que, particularmente, considero ser a grande mola-mestra que move a existência de Saint Seiya ontem, hoje e sempre), mesmo isso sendo de interesse de 9 entre 10 fãs, eu creio. De todo modo, sempre procurarmos escrever nossos pensamentos e não só levantar a bandeira de os donos de uma verdade neutra e absoluta que, a experiência já me mostrou, não existir. Se nem o próprio criador, Masami Kurumada, é coerente, coeso e concreto naquilo que fez e ainda faz, não somos nós que vamos erguer ídolos e pregar dogmas. E não se enganem, caros leitores, por mais que eu goste de Saint Seiya (ou CDZ como preferirem), sou perfeitamente consciente de que isso é apenas um desenho animado, um mangá, um filme, uma ficção, enfim, é lazer. E acho que muita gente esquece disso e leva as coisas mais a sério quando resolve se dar ao trabalho de expressar o que pensa pela internet e fora dela, e aí vem o que eu abomino: o desrespeito.

Então, espero que aqueles que nos acompanham e que se propuserem a ler estes comentários daquele que vos escreve, tenham em mente essas palavras. Aqui vou escrever o que penso. Não espero que concordem comigo, mas respeito é fundamental. A abstração é algo bem precioso que procuro exercitar, se algo não me agrada a ponto de eu não conseguir replicar algo positivo ou construtivo, não me dou ao trabalho de perder tempo comentando e muito menos dando tanta importância. Quem por acaso se revoltar com o que vier a ler daqui para frente, podem ficar à vontade como a maioria e descarregarem em seus próprios sites, blogs, fóruns, twitter, facebooks e etc. Afinal, sempre vai existir quem compartilhe do seu pensamento. Em suma, poupem-me de vir postar comentários vazios ou xingamentos.

Daqui em diante, nesta seção que chamarei de “Caixa de Pandora”, eu espero postar pelo menos uma vez por mês, às vezes algo mais prolongado, às vezes mais curto e direto…Vai variar conforme for o caso.

Até a próxima.

Allan “Nicol”.